Bicicletas apreendidas pela Justiça vão virar 400 cadeiras de rodas para pessoas de baixa renda

Cerca de 1.200 bicicletas, que estavam paradas nas delegacias de Três Lagoas e Angélica, vão virar matéria-prima para a fabricação de 400 cadeiras de rodas que serão doadas para pessoas de baixa renda. As peças serão produzidas por detentos do presídio de Ivinhema.
De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), além de beneficiar pessoas com deficiência que não têm condições para comprar o equipamento, que custa em média R$ 800, o projeto é oportunidade de inclusão e qualificação profissional para os presos.
“Eles aprendem a soldar, pintura e acabamento, podendo também trabalhar em bicicletaria”, detalha o idealizador do projeto e responsável por ensinar os reeducandos, Willian Lima.
A cada um dia trabalhado, os detentos têm um dia de perdão na pena. As cadeiras serão doadas para instituições como asilos, Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e hospitais, por exemplo.
“A intenção também é que as bicicletas que estiverem em melhores condições sejam reformadas e doadas para pessoas carentes aqui da cidade”, esclarece o diretor do presídio, Leôncio Elídio dos Santos Júnior. A iniciativa, na opinião do dirigente, também é um meio sustentável e de reaproveitamento do material que, muitas vezes, ocupa espaço no pátio das delegacias sem ter destino útil.