Com sede em MS, Associação Pró-Armas pede indenização de R$ 10 mil para filiados

Apesar de pedido de indenização e retratação, Associação Pró-Armas corre contra o tempo e pode ter processo extinto

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(Imagem Ilustrativa, reprodução)

A Associação Nacional Movimento Pró-Armas pede R$ 10 mil para cada um de seus sócios por suposto dano moral sofrido após publicação de uma reportagem que associou o aumento na circulação de armas com a crescente criminalidade no país.

Sedeada em Mato Grosso do Sul, a associação abriu um processo contra a empresa que publicou a reportagem. Além dos R$ 10 mil, é pedido que o jornal se retrate publicamente.

No processo, que corre na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, a associação afirma que o valor “certamente não o fará nenhum dos associados mais ricos, nem a empresa mais pobre”.

Segundo a associação, a quantia pedida servirá para “compensar os dados sofrimentos, bem como punir exemplarmente de modo a coibir a empresa de realizar tais atos novamente”.

Reportagem associou armas com criminalidade

O processo tem como alvo uma reportagem publicada ainda em janeiro do ano passado. No texto, é exposto que o “aumento na importação de armas pelo Brasil é resultado das mudanças feitas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro”.

Além disso, a reportagem aborda a maior facilidade para a compra de armas na época, o que teria ligação com a crescente na criminalidade apresentada no mesmo período.

Segundo a Associação Nacional Movimento Pró-Armas, a matéria é mentirosa e se trata de uma “grave fake news”, pois estaria repleta de insinuações e afirmações inverídicas que acabam por prejudicar o debate sobre armas, como o cidadão que possui posse e porte.

Ainda de acordo com a associação, a afirmação publicada pelo portal de que teria ocorrido um aumento na “insegurança” no país com a facilidade para compra e registro de armas, seria mentira.

Agora, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira determinou o prazo de 15 dias para que a associação “instrua os autos com autorização expressa de seus associados para o ajuizamento” da ação.

Assim, o Movimento Pró-Armas precisará entregar uma lista nominal com todos os integrantes da associação que autorização a ação contra a empresa responsável pela matéria. Caso o prazo não seja cumprido, a ação será extinta por ilegitimidade.

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