Após abaixo-assinado, ambientalista recorre à ministra contra desmatamento no Pantanal 

Fazendeiros querem abrir pasto no Pantanal para criar gado

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Foto: Ilustrativa/Reprodução MPT

Após organizar abaixo-assinado contra desmatamento no Pantanal de Corumbá, médico ambientalista decidiu recorrer à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para tentar impedir a abertura de pasto em mais de 11 mil hectares da Fazenda Santa Maria. 

Em ofício encaminhado ao Ministério no último dia 14, o médico Ronaldo de Souza Costa, pontua recentes perdas com as queimadas na área pantaneira, sobretudo em 2020, quando o bioma teve 4,5 milhões de hectares destruídos pelo fogo. 

No documento, o ambientalista classifica como catastrófico pedido da fazenda feito ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) para 11.064,8107 hectares de pastagem para criação de 15.040 vacas e produção de 10.530 bezerros, capacidade a ser atingida na safra 2023/2024.

“Pode haver legalidade processual, mas não é legítimo, nem é humano, nem é compatível com responsabilidade climática, nem com responsabilidade ambiental, nem de compromisso com a vida”, considerou o médico. 

No dia 15 de março deste ano, o pedido foi alvo de audiência pública realizada em Corumbá. Na ocasião, foi apresentado estudo de impacto ambiental com a autorização da retirada da mata.

Entre os aspectos positivos, o levantamento apontou aumento da geração de renda e valorização das terras, no entanto, indicou aspectos negativos como a eliminação da cobertura vegetal, emissão de poeira e gases, emissão de resíduos sólidos, emissão de ruídos e vibrações e tráfego de veículos.

O pedido de licença ambiental feito ao Governo do Estado está sob análise do Imasul. “Esperamos que a ministra se posicione a favor da defesa da vida no Pantanal em Mato Grosso do Sul, contra a destruição da vegetação nativa na Fazenda Santa Maria”, finaliza ofício encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente.

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