Anderson retomou independência após receber prótese personalizada pela APAE

Oficina ortopédica da APAE disponibiliza próteses que melhoram a qualidade de vida de pacientes do SUS

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Anderson
Anderson com sua nova prótese (Foto: Divulgação/APAE)

Dezesseis anos após ter sua perna amputada devido a um acidente, Anderson Lopes da Rocha, de 38 anos, recuperou sua independência ao receber uma prótese personalizada da APAE (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais). As próteses são fabricadas nas Oficinas Ortopédicas do Centro Médico e de Reabilitação da APAE de Campo Grande e disponibilizadas para os usuários do SUS.

Anderson recebeu uma prótese transfemoral para seu membro inferior esquerdo, com contenção isquiática, fabricada pelos técnicos do CER/APAE. Devido à perda de mobilidade anterior, ele relata que a nova prótese é fundamental para sua qualidade de vida, pois permite realizar atividades como ir ao mercado, passeios em família e até andar de bicicleta.

Segundo ele, a nova prótese personalizada proporciona uma melhora significativa em sua qualidade de vida e bem-estar.

“Estou com um ‘carro novo’, confeccionado pela equipe da APAE/CG (oficina ortopédica). É um prazer conhecê-los e tenho o privilégio de poder usar uma perna mecânica de qualidade”, escreveu Anderson nas redes sociais.

Desde 2014, Anderson recebe atendimento na unidade da APAE/CG. Neste ano, ele recebeu a prótese feita a partir de um molde gessado, passando por um encaixe provisório até chegar ao encaixe definitivo laminado com fibra de carbono.

De acordo com a APAE, a prótese foi personalizada com o objetivo de se ajustar à personalidade do paciente, proporcionando um toque mais humano ao processo.

“É reconfortante saber que podemos contar com o trabalho da APAE de Campo Grande, onde as pessoas podem receber atendimento gratuito. Recebi a minha prótese com muita felicidade, pois, se tivéssemos que comprá-la, não teríamos condições, já que são muito caras. Uma prótese muda completamente a vida de alguém que precisa”, disse.

Anderson teve perna amputada após acidente de trânsito

Em 2007, aos 21 anos, Anderson sofreu um acidente de trânsito enquanto pilotava sua moto. Segundo ele, devido à imprudência de outro motociclista, aparentemente embriagado, sua perna foi atingida em cheio.

Anderson passou 35 dias internado no Hospital Santa Casa na tentativa de se recuperar, porém, sem sucesso, foi necessário amputar a perna.

“Fizemos tudo o que era possível, mas não deu certo e precisamos amputar minha perna”, contou.

Ele relembra que comprou sua primeira prótese com recursos próprios, que na época custou R$ 24 mil, porém, segundo ele, não funcionou adequadamente.

“Sou muito grato pelo atendimento gratuito e de qualidade da APAE/CG para pessoas com deficiência. Na instituição, nunca tive problemas e não tenho do que reclamar sobre o serviço; só tenho a agradecer”, destacou.

Adriana Maria de Oliveira, supervisora do setor de OPM do CER/APAE e terapeuta ocupacional, enfatiza a satisfação de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

“Usamos conhecimentos científicos e tecnológicos para fornecer materiais adequados que melhoram a qualidade de vida dos pacientes”, disse.

Confira o vídeo:

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