‘Alegre, amorosa e trabalhadora’: Família e vizinhos se despedem de Brenda após morte violenta

Brenda foi esfaqueada e morta pelo ex-namorado na frente do filho

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Enterro aconteceu às 10h deste sábado (1). Foto: Kísie Ainoã, Midiamax.

Morta esfaqueada na frente do filho, de 7 anos, Brenda Possidonio de Oliveira foi enterrada na manhã deste sábado (1) em Campo Grande. Família e vizinhos lembram da jovem de 25 anos como ‘alegre, amorosa e trabalhadora’. A cerimônia foi marcada por emoções, um dos irmão da vítima chegou a passar mal e precisou de atendimento médico.

A mãe da vítima, Hilda Maria Alves de Araújo, 66 anos, disse que a filha não queria manter o relacionamento. Segundo a mãe, Brenda reclamava que ‘ele era muito ciumento’. Assim, lembra que a filha comentou que o ex-namorado entrava na casa dela e ‘observava pela janela ela dormir’.

“Não é fácil enterrar a filha com 25 anos, é muito triste. Estou fingindo que estou bem, porque tenho outros filhos aqui. Tem que tentar ser forte, mas por dentro estou acabada”, lamentou a mãe.

Na lembrança, Hilda mantém a imagem da filha caçula. “Carinhosa, o que ela tinha não era dela, o que ela tinha era dos outros. O que ela podia fazer ela fazia, para ajudar as pessoas. Era uma pessoa muito nova, mas não ouviu os conselhos da mãe”, afirmou.

Morta na frente do filho

Um dia antes de morrer, Brenda ligou para a mãe e disse que estava indo bem no trabalho. “Mãe estou muito feliz, te amo muito, te amo muito”, teria dito a jovem.

Brenda foi assassinada na frente do filho de sete anos, que segundo vizinhos, correu atrás do autor dizendo: “Você matou minha mãe”. “A Brenda nunca pode ter filhos, então adotou um menino recém-nascido. Pegou a guarda dele lá em São Paulo e agora a avó assumirá o neto. Ele vai precisar de muita ajuda agora, apoio psicológico”, comentou a avó do menino.

Por fim, Hilda deseja que o agressor pague pelo crime. “Que pague por por todo crime que ele já fez e pode fazer com outras mulheres”, destacou.

Término

Emocionado, o irmão de Brenda, Gabriel Possidonio, 30 anos, também destaca o ciúmes do ex-namorado. “Ele era muito ciumento, toda vez ela pedia para ele ir embora, mas ele se apossou”.

Gabriel disse que não se intrometia na relação, mas que ficou feliz ao saber do término. Isso porque na mesma semana do crime, a jovem ligou para contar que terminou o relacionamento. “Terminei com ele”, lembrou o irmão da fala de Brenda.

“A última lembrança vai ser dando um abraço nela na terça-feira”, lamentou. No último dia 27, Gabriel se encarregou de levar os novos documentos para Brenda e o filho, que antes moravam em São Paulo.

“Nunca imaginei que iria enterrar minha irmã caçula, quando soube não acreditei, fui até a casa ver. O IML já estava lá e vi que já não tinha jeito. Preferia ver ela internada por agressão do que em um caixão”, disse com os olhos lacrimejando.

Tranquila e trabalhadora

A vizinha de Brenda, Elza Valério, 65 anos, disse que a mulher era muito trabalhadora e cuidava muito bem do filho.

“A gente que é mulher e é mãe, ter que enterrar uma mulher desta maneira é muito triste, dói no fundo da alma”, lamentou. Impactada com a violência, disse que Brenda sempre foi ‘tranquila de conviver’.

Elza destacou a alegria contagiante de Brenda e comentou que eram próximas. Por fim, lembrou que até cuidava do filho para a mulher trabalhar. Com poucas pessoas, Brenda foi enterrada no Cemitério Memorial Park às 10h deste sábado (1), após velório na Pax MS na noite desta sexta-feira (30).

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