Este ano tem eleição presidencial e, no Brasil, nem sempre os presidentes chegaram ao poder democraticamente. Já houve eleição de fachada, golpes, eleição indireta, porém, mais recentemente, vivemos o mais longo período de eleição direta por voto popular, uma vitória diante da história brasileira.

Conhecer a história dos presidentes do Brasil é conhecer a história da própria República, já que a dinâmica de acontecimentos nasceu da dialética entre esses personagens, as instituições e a sociedade de cada época. Muitos deles mudaram o curso da história e, por isso, mudaram nossas vidas.

Pensando nisso, o jornalista André Mazini, coordenador do projeto Mídia e Ciência de Popularização Científica da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), lançou uma série de vídeos curtos no chamada “Presidentes do Brasil”, que resume em pouco mais de um minuto a biografia de ex-presidentes do Brasil.

“Os vídeos que estamos publicando ao longo do mês de agosto tem duas inspirações principais: os podcasts ‘Presidential', produzido pelo jornal The Washington Post em 2016, e ‘Presidente da Semana', que a Folha de SP lançou em 2018. A ideia principal, tanto desses dois podcasts como da nossa série, é mostrar os presidentes da República não como um conteúdo acadêmico que cai na prova de história, mas como personagens reais, que já foram manchete de jornais, que viveram momentos emocionantes da nossa história e que ajudam a entender o País que temos hoje”, explica André.

Em ano de eleição, André reforça a importância desse tipo de iniciativa para servir de referência na escolha de presidentes futuros. “Ao longo dos episódios a gente fala de momentos marcantes como a Revolta da Vacina que tem muitas semelhanças com os movimentos que se opuseram à vacinação da Covid19; a famosa Guerra de Canudos; o desenvolvimento da região da grande no governo Vargas; a criação de Mato Grosso do Sul em plena , e muitos outros”.

Para ele, ao falar desses e outros acontecimentos com uma linguagem mais leve, o interesse das pessoas, em participar da vida democrática do país de forma mais consciente, é despertado. “Em 2018, somente 2 em cada 10 jovens de 16 e 17 anos votaram e isso mostra um preocupante desinteresse dessa faixa em participar do mais importante ato democrático do país, que é o voto”.

Formato dos vídeos

Os vídeos são gravados na vertical, com até um minuto e meio de duração, uma linguagem mais informal, com recursos de humor e elementos gráficos usados com base no público-alvo, no caso jovens. “Por isso nós priorizamos uma divulgação via reels do Instagram, canal que conseguimos ter um maior alcance orgânico dos conteúdos, ou seja, sem precisar pagar impulsionamento”.

Outra escolha de André foi focar em presidentes que, de alguma forma, se relacionaram com a região de Mato Grosso do Sul. “O Deodoro da Fonseca e o Marechal Rondom, por exemplo, fizeram fama militar aqui no Estado durante a Guerra do Paraguai; O Getúlio Vargas apostou muito no desenvolvimento da região de fronteira, especialmente grande Dourados; temos também o polêmico presidente campo-grandense Jânio Quadros; o presidente da ditadura Ernesto Geisel que assinou a criação do Estado, e assim por diante”.

Segundo André, a opção editorial é não tratar de nenhum presidente vivo que ainda esteja participando da política nacional. Os vídeos, então, começam com Deodoro da Fonseca e terminam com Tancredo Neves, que morreu antes de tomar posse, mas mesmo assim marca o início da redemocratização do Brasil. A ideia é, ao longo dos 31 dias de agosto, apresentar os 31 primeiros presidentes.

Veja o primeiro vídeo da série: