Taxa de ocupação de leitos de UTI Covid cai para 84%, mas mantém MS em alerta

Há duas semanas, a ocupação era de 107%

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Reprodução
Reprodução

O estado de Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 23% na taxa de ocupação de leitos de UTI Covid em duas semanas, caindo de 107% para 84%. No entanto, os dados ainda deixam MS em alerta para a contaminação do vírus.

De acordo com informações no Painel Mais Saúde da SES (Secretaria Estadual de Saúde), MS possui 213 leitos UTI adulto para pacientes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Covid, sendo que há 178 pacientes em estado grave internados em hospitais no Estado. Sendo assim, restam 35 vagas no sistema de saúde. 

Os dados apresentam uma queda em relação à ocupação dos leitos em duas semanas. No domingo (2) eram 141 leitos e mais de 100% estavam ocupados.

Conforme levantamento em reportagem da UOL, MS aparece entre os nove estados do país com maior taxa de ocupação de leitos. Na lista aparecem Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Piauí (87%), Mato Grosso (81%), Tocantins (81%) e Goiás (80%).

Em relação aos municípios, a taxa de ocupação de leitos para pacientes com coronavírus em Campo Grande é de 79,44%, ou seja, há 145 leitos de UTI Covid e 114 estão ocupados. Em Dourados, a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com coronavírus é de 95%, enquanto em Três Lagoas é de 78% e Corumbá tem 80% dos leitos ocupados. Os quatro municípios são sedes de macrorregiões de saúde e recebem pacientes de outras cidades.

Não vacinados são mais suscetíveis a doença   

Uma Nota Técnica da Fiocruz destaca que o cenário atual não é o mesmo registrado entre março e junho de 2021, considerada a fase mais crítica da pandemia e ressalta que mesmo com o acréscimo de leitos observados nas últimas semanas, a disponibilidade é bem menor. O documento reforça que o crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/Covid-19 para adultos no SUS é preocupante, principalmente frente às baixas coberturas vacinais em diversas áreas do país, onde os recursos assistenciais são mais precários.

Os pesquisadores alertam que uma proporção considerável da população que não recebeu a dose de reforço, e a população não vacinada, são mais suscetíveis a formas mais graves da infecção com a Ômicron e voltam a sublinhar que a elevadíssima transmissibilidade da variante pode incorrer em números expressivos de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves.

Conteúdos relacionados