Emergências particulares lotadas em Campo Grande têm relação com dengue e gripe

Tempo de espera nas unidades aumentou consideravelmente devido ao aumento na demanda

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Hospitais lotados
(Foto: Reprodução| Arquivo Pessoal/Leitor Midiamax)

Desde o mês de março, Campo Grande tem registrado aumento em casos de síndrome respiratória, tanto em crianças como em adultos. A demora no atendimento e o crescimento de demanda de pacientes nas emergências também reflete em hospitais particulares, consequentemente, causando lotação.

Sem querer se identificar, uma paciente informou que foi até a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) por sentir falta de ar e forte crise respiratória, no último sábado (21).

“Eu achei que meu caso era grave, mas demorou um pouco para ser atendida. Meu marido reclamou e me atenderam uns 20 minutos depois. Eu entrei em desespero. Estava bem cheio, a maioria gripado”, disse.

Também preferindo o anonimato, um paciente, de 45 anos, disse que procurou atendimento em uma das emergências da Unimed de Campo Grande na segunda-feira (23), após passar mal por gripe. Ele reclama que ficou mais de cinco horas para ser atendido.

“Cheguei 18:30 e sai 22h medicado e com exames feitos. [O meu atendimento] foi rápido, mas outras pessoas demoraram. Tinha uma senhora que chegou 13h e saiu junto comigo. Estava um caos”.

síndrome respiratória unidade cheia
Unidade com duas salas de espera das emergências cheias. (Foto: Reprodução| Arquivo Pessoal/Leitor Midiamax)

Em imagens gravadas por outros pacientes, tanto a recepção quanto o lado externo do hospital estavam cheios no último fim de semana, nas emergências do pronto atendimento. Nas imagens é possível notar que duas salas de espera estavam cheias, com pessoas tossindo e com sintomas gripais.

Em nota, a Cassems informou que, nos últimos meses, houve o aumento de pacientes com sintomas gripais na unidade. Esse aumento tem sido observado desde março. Por esse motivo, é possível que o tempo de espera para atendimento seja um pouco mais longo.

“O Hospital Cassems de Campo Grande segue rigorosamente o Protocolo de Manchester, no qual os pacientes são atendidos de acordo com a gravidade de cada caso. O plano de saúde disponibiliza, ainda, atendimento nos Centros Ambulatoriais da sua Rede Própria. A Caixa dos Servidores tem trabalhado, por meio de medidas administrativas e assistenciais, para sanar essa demanda. O plano de saúde conta com a compreensão dos beneficiários”.

O hospital ainda ressaltou que a Unidade Carandá, Centro Médico e de Diagnóstico Avançado e Clínica da Família atendem em horário comercial. Para agendar uma consulta, é preciso ligar para a Central de Agendamento da Cassems, pelo número 3314-1010.

A Unimed também confirmou que o aumento significativo de atendimento nos Prontos Atendimentos Adulto e Pediátrico do Hospital Unimed Campo Grande foi impactado por casos relacionados a doenças respiratórias e dengue.

Para casos de pacientes pediátricos, com sintomas mais leves, a orientação é que pais e responsáveis busquem atendimento com seu pediatra ou com um dos especialistas da área, conforme lista de vagas disponíveis em consultórios, através do link, atualizada em tempo real.  “Ressaltamos que o nosso hospital segue todos os protocolos e orientações do Ministério da Saúde referente ao atendimento de nossos pacientes, incluindo a classificação de risco dos mesmos. Além disso, contamos com equipes completas de médicos e enfermeiros preparados para atender à demanda de nossos beneficiários. Importante lembrar que os prontos atendimentos são voltados para atender casos de pacientes mais graves. Para consultas ou tratamentos, é preciso agendar com um médico especialista na área e, em caso de dúvidas, basta ligar em nosso telefone 0800 515 1510”.

Emergências lotadas por síndrome respiratória

A saúde pública também enfrenta o problema. Pais reclamam da constante lotação em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande, na busca por atendimento de casos de síndromes respiratórias. O número de crianças tem sido maior do que o número de profissionais plantonistas.

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