Sindicato diz que vai recorrer de decisão que suspendeu greve dos professores na Capital
Professores afirmam que metade das escolas está com funcionamento regular
Clayton Neves, Thalya Godoy –
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Notificada na manhã desta quarta-feira (7) sobre decisão da Justiça que suspendeu greve dos professores de Campo Grande, a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) informou que, ainda hoje, entrará com ação pedindo que o Tribunal de Justiça reconsidere a ordem.
“Vamos entrar com pedido de reconsideração, até porque, foi deixada brecha para isso”, explica o presidente do Sindicato, Lucilio Nobre.
Pela manhã, os professores da rede municipal de ensino da Capital se reuniram em assembleia na sede da ACP. “Vamos decidir sobre a continuidade ou não da paralisação”, afirmou Lucilio. Pela regra, o primeiro dia de descumprimento da decisão começa a ser contado hoje, portanto, o Sindicato já conta com multa de R$ 50 mil.
O presidente pontuou ainda que cerca de 50% das escolas seguem com funcionamento regular, inclusive, cita que a categoria encaminhou ofício à prefeitura para que o percentual de escolas abertas fosse definido em conjunto.
“Metade das escolas não pararam, mas faremos um levantamento preciso para informar o desembargador. Esperamos que depois de recorrer dessa decisão a gente possa continuar nossas manifestações”, declarou.
Para a ACP, a greve foi importante para chamar atenção da população e dos vereadores. “A Câmara montou uma comissão que garantiu que a Prefeitura nos receba hoje. Precisamos que a Lei seja cumprida e essa saída precisa vir da Prefeitura, que teve tempo para se planejar. A culpa não é do sindicato e a nossa greve é justa”, finalizou Lucilio.
Ordem da Justiça
A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) suspenda a greve dos professores. A decisão foi publicada na tarde desta terça-feira (6) e pede ação imediata dos professores da rede municipal de Campo Grande.
“Não é justo e tampouco crível que, a poucos dias do recesso escolar, os estudantes sejam privados do ensino e tenham que repor aulas futuramente, inclusive às vésperas do ano-novo”, pontua. O desembargador Sérgio Fernandes Martins assina a decisão.
Além disso, o desembargador destacou que a greve causa ‘prejuízo não só aos alunos, mas também aos pais e tutores’. Então, destacou que “110 mil alunos da rede municipal de ensino que serão diretamente prejudicados com a paralisação, sem direito à educação, alimentação e a conclusão do ano letivo”.
Assim, os professores devem suspender a greve, que teve início na última sexta-feira (2). Foi fixada multa de R$ 50 mil caso a decisão seja descumprida, que deverá ser paga pelo sindicato.
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