Quando o vira-lata cruzou o caminho da professora Sharon Elizabet Rogoski, de 40 anos, ela decidiu levá-lo para casa e, assim que passou a mão no animal, percebeu que o pelo era “duro igual ao da capivara”. Pronto, o nome do cachorro já tinha sido escolhido e a palavra capivara passou a ser frequente, fazendo Sharon pesquisar sobre a espécie, se apaixonar e até empreender, criando camisetas com frases filosóficas e muitas capivarinhas.

“Há quatro anos encontrei o meu cachorro. Ele estava na rua abandonado e dei o nome de Fox Capivara a ele. Daí a capivara entrou no gosto, fui me apaixonando cada vez mais. Não saía da minha cabeça e, como faço artes também, passei a pintar capivaras em roupas usadas. Só que o experimento não deu certo e depois eu pensei nas camisetas divertidas de capivaras. Está dando muito certo, não imaginava essa repercussão”, afirmou ao Midiamax a professora. 

Algumas das camisetas feitas por Sharon. Crédito das fotos: Redes Sociais/Reprodução

 

Segundo Sharon, desde maio do ano passado, os alunos dela estavam criando frases e desenhos em sala de aula, quando ela acendeu um alerta e criou a Caphylosofia.

“A primeira foi a frase do Friedrich Nietzsche, que diz: ‘O que não me mata, me torna mais forte. Daí eu troquei uma palavra, coloquei o rosto da capivara e passei a pesquisar outros ditos populares, colocando ‘a pressa é inimiga da capivara e outras. Também sou caricaturista, passei a inventar desenhos com elas e tudo mais”, explicou. 

Primeira jaqueta pintada por professora. Crédito da foto: Redes Sociais/Reprodução

Apaixonada também por Campo Grande, Sharon fala que quem reside aqui entende o convívio sadio com as capivaras.

“Só a gente sabe os locais onde elas podem estar, que temos que ir devagar e parar para elas atravessarem. Vejo algo semelhante no Brasil somente em (PR). E aí fui fazendo os desenhos a mão e os amigos começaram a gostar bastante, até que o ciclo se expandiu e mais gente começou a pedir as camisetas. São muito elogiadas também pela qualidade. Tenho bastante feedback”, comentou. 

Na hora da entrega, algo que também chama a atenção, é o veículo da Sharon, um fusquinha 1978 com dois grandes adesivos da rainha Elizabeth, aparentando ser ela uma das passageiras. “Parece que ela está no banco do carona e muita gente acha engraçado. Isso é por conta do meu nome, que também tem Elizabeth. Aqui tá cheio de homenagens”, finalizou.