Passageiros sofrem com atrasos na ‘primeira volta’ de ônibus em Campo Grande

Eles afirmam que horários da primeira viagem ocorrem “quase no mesmo horário” da segunda

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Antes mesmo do anúncio de greve entre os motoristas do Consórcio Guaicurus ser anunciado, os passageiros já tinham frustrações com o transporte coletivo em Campo Grande, desta vez relacionadas ao atraso dos veículos. Na grande maioria dos casos, a chamada ‘primeira volta’ é a mais afetada.

Jolcilayne Sampaio, de 39 anos, utiliza o transporte coletivo para trabalhar. Sua rotina era ir ao ponto de ônibus por volta das 5h30 para embarcar às 5h40 na linha 302, mas essa rotina foi quebrada após atrasos contínuos neste itinerário.

“Tiraram esse ônibus desde segunda. Hoje, mesmo pegando o horário pelo site do consórcio, que estava marcado para as 6h da manhã, não passou neste horário. Optei por Uber para não chegar atrasada”, comentou Jolcilayne, que também alegou escutar a mesma reclamação dos colegas de trabalho.

Não é apenas Jolcilayne que se frustrou com os atrasos na ‘primeira volta’. Renata Ferreira expressa sua revolta com os atrasos: “falta de respeito com todo trabalhador que precisa utilizar o transporte público. Pelo aplicativo só teria mudanças no dia 25/12 e 01/01. Ficamos expostos aguardando e nada do ônibus passar”.

Sandra Regina Pianta comenta que a situação é a mesma nos bairros Santo Amaro, Coophatrabalho e Santa Camélia. “Estão trabalhando com o horário de sábado”, afirmou. Guilherme Sanata alega que a primeira volta já não faz mais sentido por conta do atraso. “Na linha 302, é quase no mesmo horário da segunda”, pontuou.

A reportagem entrou em contato com o Consórcio Guaicurus questionando sobre os problemas relatados. De acordo com o presidente do consórcio, João Rezende, não houve nenhum tipo de mudança nos horários da chamada ‘primeira volta’ e os relatos “devem se tratar de casos específicos”. O presidente ainda comentou que deseja esclarecer os fatos e, caso necessário, compensar os clientes.

As linhas as quais tiveram os problemas relatados foram enviadas ao presidente, mas a reportagem não obteve novas respostas. O espaço segue aberto para manifestações.

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