Na frente do barraco onde mora, um dos tantos que compõem a comunidade Vitória, no Bairro Noroeste, Hellen de Oliveira, de 40 anos, fala sobre a dificuldade que ela e os vizinhos enfrentam todas as vezes em que a temperatura cai. Para quem conta os poucos agasalhos e vive em uma casa improvisada, gostar do frio não é uma opção. “O vento vem e te arrebenta”, resume.

Líder comunitária, Hellen mora no local há cerca de 8 anos com duas filhas e o marido. Para espantar a “friaca” dos últimos dias, todos se dividem em um colchão colocado no chão. “A gente dorme junto para compartilhar os cobertores”, explica.

Para a família, o banho é de balde e a esperança para ter um conforto a mais é a de voluntários, mas, segundo ela, nem isso tem acontecido. “Depois do último domingo ninguém mais veio deixar nada para ajudar a gente”, finaliza.

Perto dalí, Solange Oliveira e os oito filhos compartilham da dura realidade em um imóvel de dois cômodos. “Tive uma pneumonia bacteriana agressiva e não posso dormir no chão. Três filhos dormem comigo na cama, outros três em outra cama e dois no chão”, revela.

A dona de casa relata que o resultado do frio já chegou na casa onde mora e dois filhos estão gripados. Entre os outros moradores, se repetem receitas para amenizar o efeito das baixas temperaturas.

Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com a líder comunitária Hellen pelo (67) 991721295.