Com indicativo de greve para esta sexta-feira (7), os motoristas do transporte público de Campo Grande seguem com as tratativas de reajuste salarial com o Consórcio Guaicurus nesta quinta-feira (6) e nos terminais, os motoristas que chegam para trabalhar nesta manhã divergem as opiniões. 

No Terminal Morenão, a reportagem do Jornal Midiamax conversou com um motorista de 54 anos que há 16 trabalha na empresa. À reportagem ele explica que pelo menos 30% da frota de ônibus vai seguir rodando amanhã.

Ele comenta que se for haver a paralisação, os motoristas vão fechar as garagens com os ônibus e não permitirão que os colegas saiam para trabalhar. “Está previsto que parte pelo menos da frota dos ônibus devem rodar e não sabemos nada até agora, a negociação está com o sindicato”, disse.

Um motorista de 31 anos não acredita que a paralisação desta sexta-feira (7) deva impactar as negociações e, por isso, acha que se quer deva acontecer. “Ficaram de dar uma resposta sobre a porcentagem do reajuste, mas acredito que não deva ter greve. Na última que teve não teve efeito nenhum”, pontou. 

Outro motorista, de 36 anos, que trabalha há 10 anos no Consórcio Guaicurus, disse que se haver paralisação será de no máximo duas horas. “Nesses anos não teve greve, que é maior que uma paralisação. Se tiver greve, é por tempo indeterminado, não por apenas duas horas”, disse.

Audiência de mediação 

Com indicativo de greve para esta sexta-feira (7), o sindicato dos motoristas do transporte público de Campo Grande se reúne em audiência com o Consórcio Guaicurus na manhã desta quinta-feira (6) para tentativa de negociação salarial da categoria.  A audiência de mediação acontecerá no (Ministério Público do Trabalho) às 9h. 

Na segunda-feira (3), os motoristas se reuniram na sede do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em e Urbano de Campo Grande) e por unanimidade decidiram pela paralisação do transporte para esta sexta-feira.

Conforme o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, foi acordado reajuste de 17% no salário dos trabalhadores. No entanto, o Consórcio teria baixado o percentual para 11,8%. Em paralelo, o Consórcio de ônibus tenta reajustar o valor da tarifa, que atualmente é de R$ 4,20. As empresas de ônibus querem aplicar alta de 21,93%, que deixaria a passagem em R$ 5,12 na Capital.