Ação pede R$ 556 mil do Consórcio Guaicurus para mulher que teve coluna lesionada no ônibus

Ela ficou presa na porta de ônibus de Campo Grande e caiu na rua

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A mulher foi encaminhada para UPA no dia do acidente e depois para Santa Casa.
A mulher foi encaminhada para UPA no dia do acidente e depois para Santa Casa.

Ramona* jamais imaginou que descer de um ônibus coletivo poderia impactar sua vida para sempre. Mas após acionar a parada, ficou presa na porta do veículo ao descer no ponto de ônibus e sofreu queda, que agora é motivo de pedido indenizatório de cerca de R$ 556 mil ao Consórcio Guaicurus.

Segundo o pedido, o acidente aconteceu em janeiro de 2020, quando a passageira desembarcava em um ponto da avenida Duque de Caxias. Ramona ficou presa na porta automática e acabou caindo do ônibus quando a porta foi aberta.

Na ocasião, foi levada para uma unidade do Samu para atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica. No dia seguinte foi transferida para a Santa Casa, pois tinha relatos de trauma cranioencefálico com lesão na coluna lombar e cabeça em região próxima à nuca.

Exames realizados após o acidente apontaram normalidade na coluna de Ramona, mas as investigações do crânio não foram positivas. “Acentuação difusa dos sulcos entre as folias cerebelares, com ectasia compensatória do IV ventrículo, achado não habitual para a faixa etária”, dizia o exame.

Assim, a autora do processo afirma que está inválida após o acidente. Ela alega que o fato ocasionou “lesões neurológicas permanentes, assim como dificuldade de locomoção e dor crônica na coluna toracolombar”.

Então, pede que o Consórcio Guaicurus pague indenização por danos morais e pensão alimentícia. São pedidos 100 salários mínimos vigentes para indenização, que vale cerca de R$ 121 mil no momento.

Além do valor, solicita pensão mensal indenizatória vitalícia de um salário mínimo mensal. O pagamento deverá ser feito com cálculo na data do acidente até 2050, quando a vítima completará 75 anos. O montante é de cerca de R$ 435 mil para os 30 anos solicitados por Ramona.

O Jornal Midiamax enviou solicitação ao Consórcio Guaicurus, que até a publicação desta reportagem não havia se posicionado sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.

*Ramona é um nome fictício utilizado pela reportagem para manter o anonimato da vítima.

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