Sentimentos de tristeza e frustração tomaram conta da delegada aposentada Célia Bezerra, de 57 anos, quando ela foi visitar os túmulos de familiares esta semana, 15 dias depois de reformá-los, no cemitério Santo Amaro, em Campo Grande.
Vândalos quebraram as portas e vidros e, após não encontrarem nada para levar, destruíram os itens de valor unicamente sentimental dentro de uma das capelinhas.
“Na capela estão os restos mortais do meu pai, Sinval Bezerra da Silva, falecido em 2013 e de minha irmã mais velha, Sônia, falecida em 1981. A capela foi construída quando ela faleceu e sempre conservada com pintura e limpeza pela família”, afirma a delegada aposentada ao Jornal Midiamax.

Duas semanas antes, a família arrumou um problema no sepulcro, mas a situação acabou piorando. “Há quinze dias, viemos aqui e constatamos o arrombamento da porta. Nada foi levado, pois só havia fotos, flores e imagens de santos. Arrumamos a porta. Hoje voltamos e encontramos assim”, lamenta ela, sobre a surpresa nada agradável que encontrou.
“Conversei com a secretária a respeito e ela disse que não podem fazer nada, que nem polícia nem Guarda Municipal vêm aqui. Não há guarda do cemitério à noite, fecham às 17 horas e não fica ninguém. Total abandono. Túmulos revirados, garrafas de pinga pelo chão”, denuncia Célia.

Como solução para o constante problema, a delegada aposentada está pensando em arrancar as portas e lacrar os túmulos com tijolos.
“E uma coisa incrível, como eles não acham nada de valor pra levar, eles destroem. Destruíram fotografias da minha mãe e da minha irmã, perdemos as fotos. É frustrante, deprimente ver isso aqui, o lugar em que você deixou seu ente querido destruído dessa maneira”, finaliza ela, abalada.


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