Moradora do condomínio localizado no Bairro Aero Rancho, onde José Felipe Ferreira, de 3 anos e 11 meses, foi encontrado morto, contou que o portão do residencial sempre fica aberto e acredita que o acidente era ‘fatalidade anunciada'.

Clemilda Vieira Dutra tem um filho especial de 16 anos, que já fugiu diversas vezes e relata sobre a falta de segurança do prédio, que não tem porteiro — um dos agravantes para a tragédia. José Felipe foi encontrado por equipe do Corpo de Bombeiros, caído em um sumidouro no condomínio localizado na Avenida Thyrson de Almeida.

“Era uma fatalidade anunciada, espero que não tenha que morrer outra para tomar providências”, cita. Segundo ela, os moradores não são ouvidos em suas reivindicações. “Nos sentimos abandonados”. Os condôminos tiveram de comprar placa para proibir a entrada.

Vizinha no local, Jenifer Rodrigues contou que, no começo do ano, equipe do não conseguiu entrar no condomínio para socorrer uma criança que foi vítima de mal súbito. Isso porque o portão estava cadeado e só a síndica teria a chave.

Além dela, Carlos Roberto também apontou problemas já relatados à síndica, que não foram resolvidos. Ela foi procurada pela reportagem, mas não atendeu às ligações.

Menino procurava pipa

Conforme as primeiras informações, a criança estaria procurando uma pipa quando caiu no local, que é de difícil acesso e onde há placas de alerta de perigo. Segundo moradores, desde que o menino desapareceu as buscas não pararam.

Tenente Alencar, do Corpo de Bombeiros, disse que o poço onde o menino foi encontrado tem em média 1,5 metro. O pai contou que o portão estava aberto.

Antes, a mãe do menino informou o sumiço, dizendo que ele estava brincando com outras crianças no chamado quintal coletivo do condomínio.

Ao iniciar a procura pelo filho, a percebeu que o portão do condomínio estava aberto. Ela acreditava que seu filho, que sempre passeava com ela pelas ruas próximas, poderia ter saído da área do condomínio.

Confira o vídeo com a reclamação dos moradores: