Famílias relatam drama após desocupação no Parque do Sol: ‘não temos para onde ir’

Barracos foram desmontados neste domingo no local e moradores buscam por alternativa

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As 25 famílias que tiveram os barracos desmontados durante desocupação neste domingo (20) no Parque do Sol, em Campo Grande, ainda não sabem para aonde ir. Sem um lar e sem condições de pagar um aluguel, os moradores procuraram alternativas para dar um teto aos familiares.

Uma moradora, de 25 anos, disse que além de ter filha com deficiência, trata de uma doença chamada hipotomia muscular. Ela relatou à reportagem que precisou desmontar o barraco e que ainda busca por solução. “Vamos ter que montar o barraco em outro lugar, porque não temos para aonde ir”, disse.

O cenário da desocupação deixou as crianças impressionadas, como no caso da filha de uma jovem de 20 anos. “Ela não conseguiu dormir essa noite. Ficava falando que a patrola ia vir passar em cima do barraco”, contou a moradora.

Com medo de serem identificados, os habitantes afirmam que teriam sofrido com agressividade durante a ação de reintegração. “Chegaram nos xingando. Nos tratando feito animais. Foi um terrorismo o que fizeram aqui”, afirma um morador.

Conforme o chefe de fiscalização e monitoria da Amhasf, Rogério Buzzo foi realizada uma vistoria no último sábado (19) para averiguar quais barracos estavam vazios para realizar a desocupação.

Rogério aponta que na fiscalização, cerca de 25 barracos foram encontrados vazios e apenas 17, que já tinham no local anteriormente serão mantidos. “Nossa preocupação é que não vire uma nova Cidade de Deus. No momento da desocupação não tinham ninguém nos barracos, só foram retirados os que haviam sido construídos recentemente”, disse.

Foto: Leonardo de França, Midiamax

 

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