Falta de ambulância impede transferência de idoso infartado em UPA para a Santa Casa

Macas retidas em hospitais têm impedido o transporte das ambulâncias, informou a Sesau

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Vítimas de acidentes de trânsito têm esperado horas por atendimento. (Foto: Henrique Arakaki/ Arquivo Midiamax)

Um homem de 64 anos aguarda desde a última segunda-feira (26) a transferência da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Nova Bahia para a Santa Casa, após ter sofrido um infarto. De acordo com o filho, Welbher Ajala, não há ambulâncias disponíveis para fazer o transporte. 

“Liguei para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e eles falaram que não têm previsão, pois as ambulâncias estão retidas por conta das macas nos hospitais”, relatou.

Ainda conforme o filho, a família foi avisada no final da tarde de ontem sobre a disponibilidade da vaga zero, ou seja, considerada como prioridade na Santa Casa e, desde lá, aguarda a transferência do pai. Welbher Ajala diz que fez uma reclamação na ouvidoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Em resposta, o órgão informou que tem registrado o problema de macas retidas há algumas semanas e que, na manhã desta terça-feira, havia cinco macas presas na Santa Casa e duas no HU (Hospital Universitário). 

“O eventual tempo maior de espera para transferência dos pacientes se dá por conta dessa situação que inviabiliza o funcionamento da viatura associada ao grande volume da demanda para outros atendimentos, como acidentes de trânsito e emergências clínicas”, relatou a Sesau.

Problema Antigo

A situação de macas e ambulâncias retidas em hospitais de Campo Grande é registrada desde o mês passado. No dia 30 de agosto, o Midiamax noticiou que a Santa Casa estava com sete veículos “presos” no pátio, o que prejudicava o atendimento à população.

Em nota, a Santa Casa informou que a quantidade de pacientes que chegam ao Pronto-socorro regulados pela Sesau é maior que a capacidade física do hospital. A unidade explica ainda que mesmo informando sobre superlotação aos órgãos de regulação responsáveis, os pacientes continuam chegando. O hospital ressalta que, sem leitos disponíveis suficientes para atender a demanda, precisam aguardar atendimento na maca. Questionada sobre as macas, disse que o problema não é retenção do equipamento, e sim a quantidade de pacientes em atendimento no setor ao mesmo tempo.

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