Faixa amarela: fim de estacionamento em rua gera reclamação de comerciantes em Campo Grande
Estacionamento será proibido na rua entre as 19h e 5h
Mariane Chianezi, Ranziel Oliveira –
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A mudança da faixa branca para a faixa amarela na Rua Montese, na Vila Olinda, em Campo Grande, gerou reclamação de comerciantes da região. Com o fim do estacionamento, eles afirmam que poderão perder clientes que temerão multa ao estacionar.
Há uma placa colocada na rua que explica que o estacionamento é proibido entre as 19h e as 5h do dia seguinte. Apesar de ser apenas um tempo específico, os comerciantes dizem que a faixa amarela vai amedrontar os motoristas e intimidar o estacionamento nos demais horários.
Filomena Luiza, de 58 anos, é dona de lanchonete e disse que a determinação no local vai atrapalhar o estacionamento dos clientes. “É um pouco ruim. Eles estão arrumando, mas tem gente que não vai parar. Quem vem para tomar café da manhã não vai parar porque pode nem notar a placa”, disse.
Funcionário de um bar, Júnior, de 32 anos, disse que as faixas vão atrapalhar o comércio. “Obviamente vai piorar. Como vão parar para comprar se podem correr o risco de ser multado? E a gente que trabalha no comércio? Onde vamos estacionar?”, comentou.
Onivaldo Escobar, de 52 anos, comerciante na região há 30 anos, acredita que a instalação da faixa é devido à aglomeração que acontece na rua aos finais de semana. “O que vale é o bom senso. O comércio está sofrendo há três anos com a pandemia, agora que começou a melhorar passa faixa amarela para todo o lado. Estão penalizando os comerciantes por conta de um dia da semana. Tem que penalizar quem faz isso em si [som alto], não quem está trabalhando”, disse.
A reportagem procurou a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para questionar a instalação da faixa e, por meio de nota, disse que foi um pedido dos próprios moradores.
“A pintura foi realizada por pedido de moradores por meio da Associação de Moradores da região e dos próprios serviços públicos, devido ao trancamento da rua em frente aos bares, dificultando a passagem de ambulâncias e do corpo de bombeiro”, relatou a Agetran em nota.
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