Enfermeiros da Santa Casa cobram reajuste e realizam assembleia para discutir greve

Hospital diz que precisa negociar novo contrato com o poder público

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Enfermeiros em assembleia para discutir greve. (Foto: Ranziel Oliveira / Midiamax)

Enfermeiros da Santa Casa estão reunidos no início da tarde desta segunda-feira (11) no saguão do hospital para realizar assembleia que pode sacramentar possível paralisação da categoria. A classe pede reajuste de 10,16%, mas ainda não chegaram num acordo com a direção do hospital.

Ao Jornal Midiamax, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Lázaro Santana, disse que já foram 3 rodadas de negociação com o hospital, mas todas sem acordo. “Não dá para ficar esperando mais”, declarou.

Conforme o sindicalista, o hospital estaria ‘jogando’ a responsabilidade sobre a prefeitura de Campo Grande, que é cogestora do hospital, alegando que não conseguiu reajustar o contrato que tem com o município.

Neste segunda-feira, apenas 50% dos enfermeiros permanecem no trabalho. Os demais estão na assembleia.

Para a vice-presidente do sindicato, Helena Delgado, a direção do hospital ‘está fugindo’. “Não houve uma negociação. Estamos tentando toda forma de diálogo”, pontuou.

Por outro lado, o diretor do hospital, Heitor Freire, negou que a Santa Casa tenha fugido das negociações. Ele explica que o que aconteceu é que o hospital ‘não tem proposta’.

Isso porque, segundo Freire, a Santa Casa tem déficit de R$ 12 milhões mensais e não está em situação financeira para conceder reajuste. Conforme o diretor, dos recursos da Santa Casa, 70% vão para custos. Assim, a direção do hospital estaria esperando negociar um novo contrato com a prefeitura para conseguir apresentar uma proposta.

A assessoria do hospital informou que, em junho, em reunião, a prefeitura solicitou mais 30 dias para poder negociar o contrato com a Santa Casa.

Por fim, Freire pontuou que o direito dos trabalhadores ficará assegurado, já que a data-base das categorias é em maio, mesmo que o reajuste seja concedido mais para frente, será pago o retroativo.

Caso seja deferida a greve, apenas 30% dos profissionais irão atuar no hospital.

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