Pular para o conteúdo
Cotidiano

Empresa que pegou R$ 12 milhões na pandemia e demitiu funcionários terá de pagar indenização

Recurso foi liberado pelo Governo Federal para que empresas passassem pela pandemia, com o compromisso de aumentar o quadro de funcionários em seguida
Priscilla Peres -
mpt vagas
MPT em Campo Grande (Foto: Reprodução)

Em 2020, durante a pandemia de Covid-19 a empresa Top Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda contraiu R$ 12,5 milhões em crédito do destinado a auxiliar empresas, com o compromisso de ampliar o número de empregos. Porém, a empresa demitiu funcionários e em acordo com o Ministério Público do Trabalho, vai pagar indenização de R$ 100 mil que será doado para caridade.

A empresa também se comprometeu a contratar nove funcionários, de forma escalonada, este ano. O acordo foi homologado pela 4ª Vara do Trabalho de , após ação civil pública por descumprimento de um compromisso de empregabilidade assumido pela empresa.

De acordo com o MPT, a empresa foi beneficiária do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), que utilizou recursos do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) entre 30 de junho e 31 de dezembro de 2020.

Recurso emergencial para empresas

A medida foi lançada e administrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (), com a supervisão do Ministério da Economia, no intuito de apoiar prioritariamente pequenas e médias empresas, associações, fundações de direito privado e cooperativas, oferecendo taxas de juros inferiores às usuais no mercado, prazos de carência e financiamento maiores, durante a fase aguda da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19.

Em contrapartida, esses estabelecimentos que assumiram o compromisso contratual perante o BNDES deveriam manter ou ampliar o número de empregos no período de até dois meses após a contratação do crédito, sendo a observância da condição apurada mediante a comparação do saldo de vínculos de emprego celetista ativos naquele intervalo de tempo definido pelo programa.

Entre outubro e dezembro de 2020, a empresa Top Farma realizou contratos de crédito com quatro instituições financeiras sem, contudo, comprovar a manutenção dos empregos nos dois meses subsequentes à celebração dos contratos. Ao contrário, demonstrativos extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e apresentados pela empresa indicaram que houve redução de nove trabalhadores, sem a correspondente reposição no período indicado em cláusula contratual assumida frente a três agentes financeiros – Caixa Econômica Federal, Sofisa e Banrisul. Por meio do PEAC-FGI, a empresa Top Farma obteve, em 2020, um total de créditos no valor de R$ 12,5 milhões.

Compromissos assumidos

O acordo incluiu, ainda, a permanência do número de empregados existentes na data de assinatura do pacto, em outubro deste ano, e o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil, que será destinada à entidade de interesse coletivo e/ou social a ser escolhida pelo MPT, com o conhecimento e concordância da Justiça do Trabalho.

Em caso de descumprimento do acordo, quanto à obrigação de pagar, consistente no atraso ou não quitação de uma ou mais parcelas ajustadas, incidirão e juros moratórios. Já em relação às obrigações de contratar e manter empregados, deverá ser aplicada multa no valor de R$ 5 mil, multiplicada por empregado não contratado e/ou por empregado demitido.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados