tem enfrentado problemas corriqueiros de furtos de fiação elétrica, mas, recentemente, cresce o número de um novo alvo de criminosos: o hidrômetro, por conta do cobre do material. Em apenas 22 dias de abril, cerca de 134 famílias tiveram o cavalete levado, segundo dados de pedido para religação da Águas Guariroba.

No levantamento parcial da concessionária responsável pelo serviço sanitário, entre 8 a 26 de abril, a empresa recebeu 134 solicitações de troca em que o motivo seria o furto. Nesses casos, o morador precisa encaminhar o documento do boletim de ocorrência no pedido, para que o serviço de religação seja feito sem custo.

Pela terceira vez, Kamila dos Santos Soares da Silva, de 27 anos, tem materiais da casa, no Colibri, furtados. Ao acordar, na última terça-feira (26), a família levou um surto depois de ver que estavam sem água. Procurando de onde seria o problema, encontraram a caixa do hidrômetro vazia.

“Fiquei desesperada. Para quem tem em casa é bem difícil. Não temos segurança no bairro. Trabalhamos tanto para esse vândalos vir e roubar tudo”, lamenta.

Na região há câmeras de segurança, as imagens flagraram o criminoso, que aproveita a madrugada para abrir a caixa e levar. Com uma bicicleta, ele observa a rua, avista o local e, com ajuda de uma ferramenta, leva o aparelho. A ação é rápida, ele furta o cavalete em menos de um minuto, em seguida, foge de bicicleta.

Confira o vídeo:

No Jardim Aero Rancho, um morador que preferiu não se identificar, conta que ficou três dias sem água, já que depois de registrar o boletim de ocorrência, a concessionária pode realizar o atendimento em 24 horas. Na quarta-feira (27), às 3h30, também teve o material levado.

“Foram dois cavaletes no mesmo endereço, sendo um da residência na frente e do comércio. Outros quatro vizinhos também tiveram o mesmo problema”, afirma.

Furtos de hidrômetros

Na região norte da Capital, a criminalidade também assusta. Carlos dos Anjos Santos, tem três filhos, um deles autista, e ficaram sem água depois do furto do hidrômetro. Sem caixa d'água em casa, a família teve que dormir na casa de parentes para evitar transtornos.

“Foi a primeira vez que aconteceu e tivemos que ter paciência porque além da frustração de ter sua casa danificada, tem a burocracia de registrar um boletim de ocorrência, chamar as Águas [Guariroba] para arrumar. Meus filhos tinham aula, a única alternativa foi passar o dia na casa da minha mãe. É uma situação precária de segurança. Tinham que proibir a venda de cobre sem procedência”.