Elas são maioria: população feminina cresceu 12% em 10 anos e mulheres continuam dominando em MS
Dados mostram também algo alarmante: elas foram as que mais se infectaram com a Covid-19
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Mato Grosso do Sul é um Estado predominantemente feminino: é estimado em 2022 que 50,4% (1.446.389) da população total de MS seja de mulheres — a estimativa populacional deste ano do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o Estado é de 2.868.279.
Desde o último Censo Demográfico, realizado em 2010, a estimativa de mulheres sul-mato-grossenses cresceu 12% — saindo de 1.251.372 para 1.1446.389. Apesar do crescimento masculino ter sido de 14% (de 1.243.373 para 1.421.890), as mulheres continuam a ser maioria. O dados do Censo eram para ter sido atualizados em 2020, mas foram adiados por conta da pandemia e só será realizado neste ano.
Conforme os dados do último Censo, as mulheres correspondiam a 50,1% da população total e grande parte delas estão na áreas urbanas (1.067.726) — enquanto 161.370 vivem em situação rural. Em relação à faixa etária, são as de 30 a 39 anos que dominam (193.512).
Confira:
Faixa etária | Número de mulheres |
De 0 a 19 anos (Infância e juventude) | 411.939 |
De 20 a 59 anos (Adultas) | 693.452 (27,9% tem de 30 a 39 anos) |
De 60 a 99 anos (Terceira idade) | 123.529 |
Mais de 100 anos | 176 |
A expectativa de vida delas atualmente está em prevista em 80,58, enquanto a taxa de mortalidade infantil (quantidade de mortes entre 0 e 1 ano por mil) é estimada em 10,65%.
Família
Em relação a familiares de Mato Grosso do Sul, 681.049 mulheres (em qualquer idade) tiveram filhos, sendo que apenas 317.627 os bebês nasceram vivos. E mais: 26.436 foram mães solteiras.
Desse número de nascimentos, a maioria das mulheres era branca (324.338), sem instrução ou com fundamental incompleto (348.735) e que vivia na área urbana (593.492). Indo na contramão, os menores dados apresentados são: mulheres amarelas (8.926), com Ensino Superior completo (68.351) e que vivem na área rural (87.557).
Do perfil de mulheres que tiveram filhos nascidos vivos, 142.247 eram casadas, 10.100 separadas judicialmente, 23.183 divorciadas, 87.716 solteiras e 54.381 viúvas.
Em relação a domicílios, 252.423 mulheres com 25 anos ou mais eram responsáveis por seus lares enquanto 343.200 moraram com seus cônjuges. Quando colocado na perspectiva educacional, 31.914 mulheres que têm o Ensino Superior completo eram as “chefes” em suas residências e 46.116 conviviam com esposo(a).
Esse número é bem maior entre as mulheres sem instrução ou com Ensino Fundamental incompleto: 130.843 eram as únicas provedoras da residência e 163.255 moraram em conjunto.
Confira:
Ocupação e estudo
Em se tratando de economia, 656.391 das mulheres sul-mato-grossenses com mais de 10 anos têm algum tipo de rendimento, mas somente 532.959 são economicamente ativas, ou seja, que têm capacidade produtiva.
Cada vez mais preparadas para ganhar espaço na economia, esses dados não parecem intimidar as mulheres, principalmente na indústria de MS, que, de 2008 para 2018, registrou aumento de 28,34% no número de trabalhadoras.
Segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems, em 2008, tinham 23.801 mulheres trabalhando nas indústrias do Estado, número que subiu para 30.547 em 2018. Atualmente, antes da pandemia, em 2020, elas representavam 24,5% da mão de obra da indústria regional.
Nesse cenário, os municípios que mais contrataram mulheres nos últimos anos, em termos percentuais, foram Itaquiraí, São Gabriel do Oeste, Dourados e Campo Grande.
No recorte educacional, 262.341 da população feminina frequentava a escola — todas as idades —, sendo que desse total, 75.589, além de estudar também trabalhavam. Já 776.104 não frequentavam a escola, sendo que 410.706 trabalham e 365.398 nem estudavam, nem trabalhavam. Esse número, inclusive, é bem superior (55,8%) em relação aos homens ‘nem-nem’: 161.142.
Covid-19
Em um infeliz contraponto, de acordo com os número estaduais da pandemia da covid-19, as mulheres também são maioria: 53,4% dos casos confirmados de coronavírus foram do público feminino, ou seja, dos 509.080 confirmações de MS — até as 13h de terça-feira (8) —, 272.053 são de mulheres. E elas também predominam os recuperados da doença (491.328): 263.974 mulheres foram curadas da covid-19.
Em relação ao número de mortes, elas são minoria. A taxa de mortalidade pela doença no Estado está em 1,7%, com 4.622 mulheres mortas. Nesse recorte, os homens morrem mais pelo coronavírus: 5.793 desde o começo da pandemia, com 2,4% de mortalidade.
Vacinação
Mas depois da ‘tempestade covid’, veio a esperança com a vacinação. Conforme dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde, mulheres foram as mais vacinadas em MS, com 2.629.375 doses aplicadas — entre D1 e reforços — na população do sexo feminino (52,3%) contra 2.397.243 no masculino (47,7%).
Doses aplicadas por fabricante em MS:
Fabricante | Número de doses |
Astrazeneca | 776.867 |
Pfizer | 1.051.057 |
Coronavac | 609.083 |
Janssen | 170.856 |
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