O ministro diplomata do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, estará em , a 364 km da Capital, nos dias 17 e 18 de agosto, para discutir a integração dos municípios que integrarão a Rota Bioceânica. Empresários do Paraguai e do também participarão das reuniões.

A integração proporcionada pela Rota Bioceânica – caminho rodoviário que promete interligar os portos de Santos (SP) com os de Iquique e Antofagasta, no , que tem em Mato Grosso do Sul um de seus principais entroncamentos – será o tema central da visita, que inclui ainda os benefícios proporcionados ao Estado, como acordos, convênios, logística, transporte, taxas aduaneiras e comércio e aportes no turismo, energia e mineração.

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Naviraí, Castro vai se reunir com lideranças políticas e empresariais na noite de 17 de agosto (a próxima quarta-feira). Na quinta (18), ele concederá entrevistas e visitará a Copasul (Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense).

Rota Bioceânica terá 2,3 mil quilômetros

Rota Bioceânica encurtará distâncias entre os Oceanos Pacífico e Atlântico. (Imagem: Infoescola/Reprodução)
Rota Bioceânica encurtará distâncias entre os Oceanos Pacífico e Atlântico. (Imagem: Infoescola/Reprodução)

Ao todo, a Rota Bioceânica somará 2,3 mil quilômetros, cortando Brasil, Paraguai, e Chile por modal rodoviário – ao menos em um primeiro momento. A intenção é encurtar distâncias entre os centros de produção brasileiros e os consumidores na Ásia, Oceania e Costa Oeste dos EUA.

Hoje, as alternativas para se chegar aos mercados no Oceano Pacífico partindo do Brasil são o contorno por navegação pelo sul da América do Sul ou a navegação rumo ao norte do continente, até se chegar ao Canal do Panamá, na América Central. Estima-se que com a interligação rodoviária seria possível ganhar, pelo menos, 14 dias entre o produtor e o destino.

Além do ganho de tempo, também se espera uma redução de custos para produtores de Mato Grosso do Sul via portos do Chile, por contêiner, em relação aos embarques feitos por meio de terminais nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Parkinson esteve na Capital de MS no final de maio, quando participou na Assembleia Legislativa do Fórum de Integração da Rota Bioceânica, ao lado dos ministros do Turismo e das Relações Exteriores.

O projeto avança em diferentes velocidades – recentemente, o Paraguai concluiu os primeiros 275 km de asfalto da rota em seu território, entre Carmelo Peralta (Departamento do Alto Paraguai) e Lloma Plata (Boqueirón). Em Carmelo Peralta, vizinha a Porto Murtinho, ficará uma ponte que fará a interligação brasileira com a rota, via BR-267. A estrutura, orçada em US$ 100 milhões, será bancada pela Itaipu Binacional.