O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi marcado, em , por um protesto de dezenas pessoas na esquina da avenida Afonso Pena, com a rua 13 de Maio, no Centro de Capital Morena. Na manhã deste sábado (2), cerca de 80 pessoas ligadas à AMA (Associação dos Pais e Amigos do Autista) reivindicaram – da prefeitura de Campo Grande – a doação de um terreno para a construção de um local para tratamento dos autistas.

Flávia Caloni Gomes, diretora da Ama, que tem um filho autista, destacou que o processo de conscientização da sociedade campo-grandense está se fortalecendo anualmente, notadamente a partir de 2007. “Infelizmente, ainda há muita gente leiga e o processo de conscientização da população deve continuar. As pessoas precisam saber mais porque um diagnóstico precoce sobre facilita o tratamento e ameniza as dificuldades e melhora a socialização”, disse Flávia Caloni Gomes.

Brasil é carente de estatísticas sobre o autismo

O Brasil é carente de informações estatísticas sobre o autismo. No entanto, estima-se que 2% da população brasileira seja autista. Nos Estados Unidos, a cada 44 nascimentos, uma é autista. No Reino Unido, 500 mil pessoas são autistas. Flávia também era leiga e só descobriu que o filho é autista quando ele foi para a escola. Na qualidade de diretora da AMA, ela disse que a atual sede atende a 115 crianças e tem 398 na fila de espera.

A atual sede, localizada na rua Bandeirantes, nº 215, no bairro Amambaí, ficou pequena. Agora, a AMA luta pela doação de um terreno no bairro Antártica para construir uma unidade para atender aos públicos adolescente e adultos. “Já estamos conseguir atender autistas com entre 3 e 39 anos, mas, apesar do esforço de todos, precisamos melhorar esse atendimento. Por isso, uma nova unidade de atendimento agilizaria muita demanda”, destacou Flávia Caloni Gomes.