Transportadoras prometem fechar porto seco de Corumbá por 48 horas em protesto

Entrada do porto seco será fechada pelas transportadoras nos dias 14 e 15 de março

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De acordo com o presidente da Setlog Pantanal
De acordo com o presidente da Setlog Pantanal

As empresas de transporte rodoviário de cargas e logística de Corumbá e Ladário (Setlog Pantanal) e caminhoneiros, pretendem fechar o porto seco da Receita Federal na Agesa, em Corumbá, a 426 quilômetros de distância de Campo Grande, pelo período de 2 dias. 

A Agesa é o principal corredor rodoviário de comércio exterior do Brasil com a Bolívia. A estimativa é de que por dia, por meio do canal vermelho, são feitas checagens de documentação e carga de pelo menos 200 caminhões e carretas.

De acordo com o presidente da Setlog Pantanal, Lourival Júnior, a entrada do porto seco será fechada pelas transportadoras nos dias 14 e 15 de março. A ação será em manifesto ao atraso na liberação dos veículos de carga por conta da operação dos auditores-fiscais da Receita Federal.

A operação iniciou no dia 27 de dezembro de 2021, como uma das ações de protesto da categoria pelo corte de 52% no orçamento da Receita para 2022, como também pela não regulamentação do pagamento do bônus de eficiência da categoria, acordada em 2016, e falta de concurso público para o cargo desde 2014. 

Conforme o presidente da Setlog Pantanal, antes da operação, a liberação do caminhão no canal vermelho da Agesa demorava cerca de 2 dias, contudo, agora são 15 dias de espera. “Os prejuízos são incalculáveis. As empresas de transporte de Corumbá e da região estão quebrando”, aponta.

Fila nas aduanas

Mato Grosso do Sul contava com mais de 482 carretas e caminhões aguardando liberação nas unidades alfandegárias das fronteiras com Paraguai e Bolívia. 

Das três aduanas da operação, a maior fila se concentra na Agesa, em Corumbá. Na unidade, cerca de 378 carretas estão no pátio e 24 estão fora, aguardando senhas. A liberação no canal vermelho da alfândega, onde é feita a conferência dos documentos e das cargas, demora de 12 a 15 dias.

Já na unidade alfandegária em Ponta Porã, o número de carretas e caminhões com cargas aguardando a liberação era cerca de 80. Na aduana, a liberação é feita em mais de 24 horas. 
 
Em contrapartida, a aduana de Mundo Novo, por pequeno volume de transporte de cargas, não registrava fila para o despacho aduaneiro.
 
Acerca disso, o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, esclarece que a demora e atrasos nas filas de caminhões já era previsto na operação e que a categoria alertou a direção da Receita Federal e o Ministério da Economia desde dezembro do ano passado, quando a ação começou. “Apesar de mais de dois meses de iniciada a operação padrão e outras ações da mobilização da categoria, o governo federal permanece inerte diante da nossa pauta de reivindicações, o que fez com que o movimento se fortalecesse e as iniciativas se fortalecessem. A categoria está mais unida do que nunca e não vamos retroceder”, declarou.

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