Ainda continua o impasse entre Prefeitura Municipal de Campo Grande e Consórcio Guaicurus para definir o reajuste anual na tarifa do transporte coletivo urbano da Capital. O prefeito (PSD) estabeleceu aumento de no máximo 5% – que deixaria a passagem em R$ 4,41 -, mas as empresas de ônibus querem aplicar alta de 21,93%, que deixaria a passagem em R$ 5,12.

De acordo com o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende Filho, no último dia 30 de dezembro, foi encaminhado um ofício ao gabinete prefeito, requerendo que seja implementado o valor tarifa técnica, de 21, 93% definida pela (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

Na contramão, o reajuste que pode deixar o valor do passe acima dos R$ 5 foi negado pelo chefe do Executivo. Enquanto ambas as partes não entrarem em um acordo e o novo valor não for publicado no Diário Oficial, a tarifa continua a R$ 4,20.

Tarifa ‘congelada'

Sem um acordo entre ambas as partes, a tarifa do ônibus está ‘congelada'. Na quarta-feira, dia 29 de dezembro, Marquinhos publicou um decreto que limita em 5% reajuste das tarifas de ônibus, de água e e do terminal rodoviário. Assim, a passagem do transporte coletivo, que está em R$ 4,20, pode ir até a R$ 4,41 para 2022.

“A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos tem que publicar o valor do reajuste no Diário para começar a valer. A concessionária tem direito a um reajuste anual, mas se fosse 21,93% o valor da passagem ficaria R$ 5,17. Eu estou dizendo que vai ser até 5% e se a concessionária não aceitar, pode entrar na Justiça. Não posso virar as costas para a população na pandemia. O trabalhador teve um aumento de apenas 10,4% no salário, não é justo a tarifa do ônibus subir 21,93%”, disse o prefeito.