Com gravidez de risco, mulher relata espera e falta de informação de maternidade: ‘dor só aumenta’

Paciente da Maternidade Cândido Mariano está no 6º mês de gestação e com perda de líquido

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Lençol manchado por fluídos corporais da gestante (Foto: Arquivo Pessoal)

Com uma gravidez de risco e no 6º mês de gestação, a vendedora Viviane Ramos Lima, de 21 anos, está internada na Maternidade Cândido Mariano desde a segunda-feira (23). Ela relata estar sentindo muitas dores e se queixa de muita perda de líquido, desde a sua entrada. Enquanto isso, ela aguarda pelo atendimento.

O relato é do marido e serralheiro Loweider Barbosa Castro, de 22 anos, que têm acompanhado a internação da esposa. “Tivemos dois filhos, ambos foram gravidez de risco. Ela foi internada na segunda-feira e, desde então, as dores só têm aumentando, os medicamentos não estão adiantando”, disse ele.

“Ontem (22) veio um médico e falou que ele iria só esperar as dores aumentarem, para ela entrar em trabalho de parto. Esse médico saiu, uma outra médica entrou e falou que ela não estava em trabalho de parto. Depois, disse pra ela que o parto não seria feito porque o bebê é muito prematuro. Cada um fala uma coisa, a gente não consegue entender”, disse ele.

Desesperado e com medo de perder a família, Loweider teme pelo pior. “Estou preocupado, você não sabe o que fazer. Eu conversei com um médico e ele me falou que elas correm risco de vida. A bolsa dela estourou e as dores dela aumentaram, mas ninguém faz nada”, disse com o tom de voz abalado.

O que diz a maternidade

Procurada pela reportagem, a maternidade emitiu a seguinte nota:

“A paciente VRL, 21 anos, está com 27 semanas e 2 dias de gestação, internada desde 21/03/2022 para tratamento clínico, devido suspeita de perda de líquido e desde então está medicada e em observação. Sendo realizado exame de ultrassom em 22/03/2022, que indicou bolsa íntegra com volume de líquido dentro da normalidade. No momento, a gestante realiza exames de controle da vitalidade fetal, e de infecção, bem como faz uso de medicação para maturação pulmonar do feto, para oferecer melhores condições de nascimento, considerando que trata-se de prematuro extremo. E assim, que houver indicação clínica, o parto será realizado. Portanto, em momento algum houve negligência e/ou descaso por parte da maternidade”.

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