Com gás a R$ 120, procura por air fryer, panela e forno elétrico dispara em Campo Grande

Na região central da cidade, vendedores dizem que procura por estes produtos disparou nos últimos dias

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No mínimo, vinte reais. Este é o valor a mais que o campo-grandense está pagando pelo gás de cozinha, desde o aumento anunciado na semana anterior. De R$ 97 para R$ 117, o preço médio do produto assusta e está fazendo muitas pessoas buscarem alternativas para o cozimento do ‘arroz e feijão de cada dia’. Na região central da cidade, vendedores ressaltam que a procura por panelas e fornos elétricos disparou nos últimos dias.

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Vendedor diz que procura “aumentou bastante” e produtos foram colocados em destaque na loja. 
Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax

O Jornal Midiamax percorreu algumas lojas nesta quarta-feira (16). O vendedor Maicon Arruda, que atua em uma grande loja de departamentos, alegou que a procura “aumentou bastante” no local e eles até colocaram em destaque estes produtos.

“Nós deixamos até para fora porque muita gente está procurando, pesquisando o preço, principalmente forno e panela elétrica. As pessoas chegam e falam do aumento do gás mesmo”, afirmou. 

O vendedor Cleuber Ricardo, de uma loja próxima, diz que a procura aumentou muito, principalmente, por fritadeira e forno elétrico. No entanto, ele alega que o preço não aumentou.

Mais adiante, na rua 14 de julho, outro vendedor diz que o produto subiu de 8% a 10%, principalmente do forno elétrico. E é justamente por isso que especialistas dizem que a pesquisa é muito importante na hora da compra. 

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Aposentada foi até o Centro e diz que estava “namorando” uma panela de arroz elétrica.
Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax

Um quarto vendedor, que não quer se identificar, disse que não percebeu o aumento pela procura, já que as vendas como um todo caíram substancialmente. “Vamos ver se agora, com a promoção da Semana do Consumidor, as coisas melhoram. Acho que pode sim ter aumento dessa procura”, avaliou. 

A aposentada Mária de Fátima, de 60 anos, foi até o Centro e diz que estava “namorando” uma panela de arroz elétrica. “Paguei R$ 110 no gás, está muito caro. Sei que pode ter o aumento na conta de luz, mas, mesmo assim, acho que vai ser menor do que o gás”, alegou.

Aumento do gás de cozinha e combustíveis

A Petrobras anunciou, no dia 10 de março, reajustes nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha. O aumento vale para as distribuidoras e entrou em vigor no dia seguinte. O repasse para o consumidor final, afetando diretamente os preços das bombas e do botijão de gás, ainda não está definido se e quando irá ocorrer porque depende de cada revendedor.

Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%.

O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419). O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%.

A última alteração no preço do insumo havia ocorrido em outubro do ano passado, há 152 dias. Em nota, a Petrobras diz que os valores “refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia”.

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