Com folha de R$ 2 milhões só para médicos, Santa Casa de Corumbá atrasa pagamentos

Nesta quinta (19) inclusive, informação é que criança precisou ser transferida por não ter nem fornecimento de antibióticos.

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Santa Casa de Corumbá. (Foto: Renê Marcio Carneiro)
Santa Casa de Corumbá. (Foto: Renê Marcio Carneiro)

Prestadores de serviços e fornecedores da Santa Casa de Corumbá, a 413 km de Campo Grande, estão denunciando atrasos no pagamento. Com uma folha mensal de mais de R$ 2 milhões, somente para médicos, o hospital estaria enfrentando uma série de problemas, incluindo a falta de materiais básicos, como soro e roupa de cama. Nesta quinta-feira (19), inclusive, o Midiamax recebeu a informação de que uma criança precisou ser transferida por não ter nem o fornecimento de antibióticos.

Na denúncia, consta que o atraso seria de mais de 2 meses. Mesmo assim, ao questionar, os funcionários estariam sendo informados que a “nova direção sequer dá satisfação e proíbe o financeiro de fazer qualquer pagamento dos atrasados,  solicitando extratos diários, para ter a certeza que não pagaram ninguém”. 

Hospital está sob intervenção e prefeito fala em ‘despesa muito alta’

Atualmente, a unidade hospitalar está sob intervenção municipal. Questionado sobre os fatos, o prefeito do município, Marcelo Iunez, alegou que “as contratualizações estão sendo depositadas em dia”. “Só que infelizmente há um subfinanciamento das contratualizações, então estamos conversando com o Estado para aumentarmos, e aí vê se consegue diminuir esses atrasos”, argumentou.

De acordo com o prefeito, as folhas dos funcionários e dos médicos são mais de dois milhões mensais. “Recebemos uma média de R$ 2,5 milhões e a despesa é em torno de 4 milhões, agora vamos abaixar essa despesa por causa do gasto da Covid, que era grande, mas assim mesmo ainda vai haver um subfinanciamento”, argumentou. 

Atendimento a casos complexos

O atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), de casos mais complexos na cidade, é feito na Santa Casa de Corumbá. Ao saber da denúncia, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) afirmou que está acompanhando a situação por meio de auditoria e que já constatou indícios de má gestão.

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