Os moradores de uma região do Jardim Aero Rancho passaram a manhã desta segunda-feira (16), fazendo a limpeza da água com lama que invadiu residências, no cruzamento das ruas Bueno e Canutama, durante a tempestade do último fim de semana. O local está passando por obras e o que deveria facilitar a vida dos moradores, com a pavimentação, acabou se tornando uma dor de cabeça com muitos transtornos.
A obra é realizada, desde o fim do ano passado, pelo Governo do Estado, no quadrilátero das ruas Canutama, Taumaturgo, da Divisão e Raquel de Queiroz. Com o isolamento da área, as vias que ainda não receberam asfalto estão sofrendo com o desnível do solo e os alagamentos constantes. Na última chuva, os moradores tiveram as casas invadidas por água da chuva, lama e até água do esgoto. Além disso, com as ruas intransitáveis, alguns moradores não conseguiram nem colocar os veículos dentro da garagem.
A dona de casa Miriam Graziela, 56 anos, diz que ela e o marido acordaram de madrugada para poder fazer a limpeza e diminuir os transtornos. “Está bem difícil para a gente. Ficamos felizes quando falaram que haveria obra e asfalto, mas agora estamos tendo só transtornos. Minha casa está cheia de água e barro”, reclama a dona de casa.
A empresária Denise Rocha tem um salão de festas e teve transtornos com a situação no fim de semana. Ela teve até que pedir para que os convidados de um evento entrassem no salão pela porta dos fundos, por conta da situação da rua.
“A situação está precária aqui. Os convidados tiveram que entrar pelo portão dos fundos. Dentro do salão abriu um buraco e sem condições de uso”, conta a empresária. Denise viu patrolas passando pela rua e até um caminhão-pipa atolado.
A atendente de farmácia Adrielly Cáceres, de 21 anos, mora na rua atingida pelos transtornos e diz que viu carros atolando no local. “Está assim com a maior dificuldade desde sexta-feira. Deveriam ter colocado uma melhor sinalização”, diz a jovem.
A moradora Odinéia de Andréa, de 35 anos, diz que ela e a família estão deixando o carro para fora de casa, desde a noite de quinta-feira (12), correndo o risco de ser furtado. “Não tem como entrar. Já temos insegurança no bairro e, agora, temos que deixar o carro para fora. Se tentar entrar, acaba atolando como aconteceu com outros. Acho que só vão terminar a obra quando a chuva acabar”, prevê a moradora.