Campo-grandense perde hábito de chegar cedo, mas não abandona tradição de acompanhar desfile

Evento deve reunir 15 mil pessoas, estimam organizadores

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Arquibancadas lotaram às 8 horas. (Foto: Henique Arakaki/ Midiamax)

O desfile em homenagem à Independência do Brasil, em Campo Grande, deve reunir 15 mil pessoas neste ano, o que é menor em comparação com 2019, última apresentação pré-pandemia, que teve 20 mil espectadores. Com previsão de início às 9 horas, as arquibancadas estão posicionadas entre as ruas Dom Aquino até a rua 15 de novembro por onde a marcha passará.

Nesta edição, houve poucos que se arriscaram a chegar de madrugada para conseguir um lugar para sentar. Conforme observou a equipe do Midiamax no local, boa parte do público começou a chegar a partir das 6 horas, mas os lugares nas arquibancadas só foram totalmente preenchidos às 8 horas.

Juntos há 57 anos, o casal Adaltu Valente de Oliveira, de 81 anos, e Eli Paiva de Oliveira, de 78 anos, acompanha há três décadas o desfile da Independência. Sentados de mãos dadas nas cadeiras que trouxeram de casa, aguardavam com uma bandeira do Brasil o início do evento, que é uma tradição no calendário anual dos dois. 

“O patriotismo é muito importante, nós viemos preparados para assistir juntos, é uma tradição nossa. Sentimos falta do desfile durante a pandemia e hoje estamos animados”, afirmou Adaltu.

Lucilia Ribeiro, de 61 anos, é de Presidente Epitácio (SP), mas já morou por 30 anos em Campo Grande. Pela primeira vez irá acompanhar presencialmente um desfile e está ansiosa para ver a apresentação. Saiu cedo de casa de moto e não enfrentou trânsito até a região central. Ela se acomodou na arquibancada e foi puxando conversa com o pessoal que estava sentado próximo. “Eu vou gostar muito com certeza, o bom é que a gente sai de casa e respira um pouco”, ela diz.

Casal acompanha há 30 anos os desfiles. (Foto: Henique Arakaki/ Midiamax)

Moradora do bairro Guanandi, Adriana Ferreira, de 40 anos, veio pela segunda vez prestigiar o filho que está no exército há quatro anos. “A última vez que vim ao desfile foi em 2019 e foi bonito, o meu filho sempre desfila e eu como mãe sempre venho ver, eu gosto, é uma diversão para mim”, relata a mãe.

Já a Adriana Batista e França, de 44 anos, tem como tradição desde nova vir ao desfile, mesmo que sozinha. “Cheguei às 7 horas, venho desde que me entendo por gente”, relembra.

O casal Caila Cristina Quadros, de 23 anos, e João Pedro de Oliveira, de 25 anos, também tem como tradição vir ao desfile desde novos. Depois que tiveram dois filhos, Helena de cinco anos, e Heitor de oito anos, o casal tem o desejo de passar o hábito de acompanhar as apresentações como faziam quando eram pequenos. 

“Todo ano eu ia ao desfile porque desde criança a minha família fazia parte de projetos sociais. Eu já desfilei e neste ano o meu irmão irá desfilar por um projeto militar. Ou eu assisto ou participo, essa é a vez de prestigiar ele”, conta a mulher.

Segurança no desfile

De acordo com a organização, a segurança do evento é feita por 300 agentes do Exército Brasileiro, Polícia Militar, Força Aérea, Guarda Civil Municipal, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). 

O desfile irá começar com os projetos sociais, em seguida serão as escolas, instituições militares e desfiles motorizados. Enquanto a Força Aérea passar, também haverá aeronaves sobrevoando o local. 

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