O aumento de casos de fez a demanda por medicamentos antigripais dispararem nas farmácias de Campo Grande, deixando inclusive, o estoque de xaropes zerados em alguns estabelecimentos. O Jornal Midiamax foi até farmácias da Capital e as informações são as mesmas em quase todas: muita procura desde a última semana de dezembro pelos medicamento para tratar a gripe.

Conforme a proprietária e farmacêutica responsável por drogaria na Rui Barbosa, Daniela Molina, de 47 anos, os antigripais ainda restam nas prateleiras, mas os xaropes estão em falta e sem previsão de reabastecimento. “Teve um aumento de 60% na procura por xaropes e 40% nos antigripais. Essa falta dos xaropes começou na semana passada e a maior lacuna foi do Histamin”, disse.

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Foto: de França, Midiamax

Em outra farmácia na Rui Barbosa com a Cândido Mariano, Heloise Catherine, de 24 anos, farmacista, disse que desde os últimos dias de 2021 começou a crescente na demanda pelos medicamentos gripais.

“Na primeira semana de janeiro teve maior procura. Hoje temos antigripais a partir de R$ 9,99 e xarope pediátrico por R$ 9,60. No geral, a procura maior atualmente são por remédios de aspecto respiratório”, pontuou. Os xaropes para os adultos acabaram na unidade.

O gerente de uma farmácia na 13 de Maio, disse que remédios como o Tamiflu estão em falta e que nas últimas semanas a procura por remédios gripais dobrou. “Nosso estoque hoje está pequeno. Hoje o antigripal sai a partir de R$ 9,99 e o xarope expectorante por R$ 35. O antialérgico está em falta”, comentou.

Síndromes respiratórias na saúde pública

Profissionais da saúde fazem parte da linha de frente de atendimento e, consequentemente, estão sujeitos a contrair covid-19 ou doenças gripais. Com a nova onda de contágio, desde o início do ano até a última quarta-feira, 145 servidores de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) estavam afastados para ficar em quarentena.

De acordo com a (Secretaria Municipal de Saúde), após o diagnóstico, o profissional é afastado das atividades laborais, seja por covid ou qualquer outra síndrome gripal. A defasagem no quadro de funcionários é somada com o período de férias e recesso de cada funcionário.

Pacientes que vão procurar atendimento em unidades de saúde têm reclamado da demora e baixo efetivo. “Na primeira semana tinha consulta marcada na UPA Aero Rancho, fui no posto e eles me disseram que a médica estava em curso. Remarcaram para hoje (25), mas os médicos estão com covid, só tem dois funcionários que atendem no balcão, o resto está com covid. Na UBS Universitário nem atendente da farmácia está indo”, disse.

Quanto ao remanejamento de servidores, a Sesau informou que há unidades que ficam com equipes mais defasadas e, nesses locais, está realocando temporariamente os profissionais para garantir o atendimento de qualidade à população. “No caso das unidades de urgência e emergência (UPAs e CRSs), as escalas são divulgadas diariamente (site da prefeitura). Na Atenção Primária, o paciente tem acesso também ao quadro funcional diretamente na unidade”, comunica a nota.