Após dois anos, Mato Grosso do Sul volta a registrar mortes por Influenza H1N1

Os dois moradores que morreram por H1N1 não eram vacinados, informou a Secretaria Estadual de Saúde

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Foto: Ilustrativa

Após dois anos, Mato Grosso do Sul voltou a registrar mortes por Influenza H1H1. Em último boletim epidemiológico, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicou que as mortes são de moradores de Campo Grande e de Caracol, e que ambos não tinham histórico de vacinação contra a gripe.

Conforme o boletim, as últimas mortes registradas pela H1N1 foram em 2020, com total de 3 vítimas do subtipo da Influenza. Reportagem publicada pelo Midiamax em junho de 2020 já indicava os três óbitos, logo, as últimas mortes ocorreram há mais de dois anos em MS.

Ainda segundo o levantamento da SES, neste ano são 10.789 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 521 casos de Influenza (511 casos de H3N2, 7 de H1N1 e 3 casos não suptipados). Também são notificados 105 óbitos, sendo 101 por H3N2, dois de H1N1 e dois não subtipados.

As duas mortes por H1N1 aconteceram no mês de outubro e são dois homens, um residente no município de Campo Grande, com 80 anos (óbito em 14 de outubro), e o outro residente de Caracol, com 65 anos (óbito em 18 de outubro).

“A SES/MS esclarece que ambos estavam com doenças de base como cardiopatia crônica e doença renal crônica. Nos dois casos, não há registro de terem sido vacinados para Influenza”, disse a secretaria em nota.

Vacinação contra a Influenza

Em setembro, a vacina contra a gripe havia sido liberada para toda a população nas unidades de saúde. Na ocasião, haviam sido disponibilizadas 31 mil doses de vacina em Campo Grande diante do surto que a Capital estava enfrentando, com 37 mortes.

“As pessoas banalizam a Influenza, mas todos os anos temos óbitos pela doença em diferentes faixas etárias. A vacina é segura e diminui consideravelmente as internações e casos graves. A população precisa ter noção da gravidade da não vacinação”, avaliou a médica infectologista Mariana Croda.

Segundo ela, além de pessoas desprotegidas, em especial as que fazem parte dos grupos de risco, a baixa vacinação mantém a circulação do vírus. “Tivemos um surto epidêmico no primeiro semestre e agora um aumento está voltando. Temos o privilégio de o Brasil ofertar essa vacina, por isso, é importante se proteger”, finaliza. 

O imunizante está disponível para toda a população a partir dos seis meses, em todas as unidades básicas de saúde de Campo Grande.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe terminou no dia 24 de julho. Depois disso, a aplicação, que estava restrita a grupos prioritários como idosos, crianças e portadores de doenças crônicas, foi aberta a todos os moradores.

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