Apesar de surtos de covid e H3N2, hospitais particulares mantêm cirurgias eletivas em Campo Grande

Entidades destacam que seguem com o cumprimento das medidas de biossegurança e que não há análise em andamento sobre eventual suspensão

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As cirurgias eletivas são aquelas de caráter não emergencial.
Cirurgias (Arquivo/Midiamax)

Os altos índices de infecção por Covid-19 e Influenza não devem interferir na realização de cirurgias eletivas nas redes particulares de saúde de Campo Grande. Ao Jornal Midiamax, hospitais particulares esclarecem que a realização das cirurgias eletivas continua e que não há previsão de suspensão. Foram consultados pela reportagem os hospitais da Cassems (Caixa de Assistência aos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e da Unimed, ambos na Capital.

As entidades destacaram, no entanto, que é feito um monitoramento dos cenários epidemiológicos municipais e estaduais de forma frequente, bem como o cumprimento das medidas de biossegurança e de prevenção ao contágio do coronavírus e H3N2 em todos os procedimentos médicos.

Cirurgias eletivas, de acordo com o Ministério da Saúde, são aquelas sem caráter de emergência. Tais procedimentos podem ser marcados com antecedência e, em sua maioria, são simples de serem realizados. Alguns exemplos desta categoria de procedimento cirúrgico são: mamoplastia reparadora e tratamento para hérnia abdominal.

Cenário nacional

Em contrapartida, algumas cidades de outros estados brasileiros suspenderam as cirurgias eletivas devido aos surtos de gripe e Covid-19. Os municípios do litoral paulista Guarujá — com 27.805 casos confirmados de acordo com a Secretaria de Saúde municipal em boletim divulgado nesta terça-feira (18) —  e São Vicente — com 23.750 pessoas positivas para o coronavírus conforme boletim epidemiológico da rede municipal de saúde divulgado na terça-feira (18) — paralisaram tais procedimentos cirúrgicos no dia 12 de janeiro.

Já o estado do Ceará — que registrou quase 8 mil casos em 24h na segunda-feira (17) — encerrou o funcionamento das cirurgias não emergenciais em todos os seus municípios no dia 6 de janeiro. Além disso, o estado do Rio de Janeiro também suspendeu a realização dessas atividades por 30 dias, a partir de 17 de janeiro.

Na última quarta-feira (19), a SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou um novo boletim epidemiológico que registra 1.709 novos casos confirmados de Covid-19 e 4 óbitos. Já em relação ao índice de casos de Influenza, foram registrados 17 novos casos e 5 óbitos. No entanto, o cenário ainda não gerou a suspensão do serviço de cirurgias eletivas ofertadas pelos hospitais privados na Capital.

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