Com a chegada da temporada de chuva, autoridades de saúde já se preocupam com a dengue em Campo Grande. Há dois anos, a Capital viveu uma epidemia, e planeja uma série de ações para evitar casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti. Uma das estratégias é mobilizar profissionais do comércio, que atuarão como agentes de saúde voluntários. Eles ficarão de olho nos criadouros do mosquito nos estabelecimentos e devem acionar equipes para eliminação dos focos. 

A estratégia da campanha foi divulgada pela (Secretaria Municipal de Saúde) nesta sexta-feira (29). O titular da secretaria, José Mauro Filho, reforça que a população não deve se esquecer da dengue e a expectativa é que Campo Grande tenha um ano tão bom quanto o ano passado: sem epidemia. 

“Há necessidade de lembrar a população de fiscalizar os terrenos, lembrar que os materiais inservíveis devem ser descartados em locais adequados e não em terrenos baldios”, frisa. 

O secretário de saúde explica que a campanha conta com a participação do setor empresarial, incluindo os representantes do comércio como a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas). Ele afirma que os profissionais do comércio poderão atuar como colaboradores voluntários. 

“Temos o projeto de que iremos qualificar agentes, o setor do comércio tem mais de 150 mil pessoas em Campo Grande. Se tiver uma pessoa em cada comércio fiscalizando, para que se evite ter calhas entupidas, criadouros do mosquito, podemos eliminar esses criadouros e ter a redução dos números da dengue”, disse José Mauro Filho. 

O titular da Sesau reforça que será formulado um ‘checklist' para auxiliar nas notificações dos criadouros da dengue. “Ou seja, se [o voluntário] encontrar focos nessas unidades, ele vai chamar os coordenadores de vetores para eliminação dos focos”. 

O Dia D da campanha de combate ao mosquito da dengue está programado para novembro. A Sesau ainda deve preparar terrenos que serão equipados para o descarte adequado de resíduos, como sofás, televisões velhas e pneus, por exemplo. O objetivo é evitar descartes inadequados, que favorecem a criação do mosquito.