Conforme o Diário Corumbaense, a cidade, assim como a vizinha, Ladário, sofrem com as queimadas incessantes há cinco dias seguidos. Durante a tarde desta quarta, uma densa nuvem de poeira se formou com a ventania e se fundiu com a nuvem de fumaça. A ponte de captação de água desapareceu na paisagem. 

Conforme o (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas tão esperadas na região poderão ocorrer no sábado (2), daqui, ainda, a três dias. Além da queda de granizo. Enquanto as nuvens carregadas d’água não atingem as queimadas, o calorão de 44ºC e a predominam, dificultando o combate.

Reprodução/Inmet

 

Seca histórica no Rio Paraguai

Rio Paraguai está próximo de atingir o menor nível de toda a série histórica — desde que começou a ser monitorado em 1900. Com muitos bancos de areia, o gigante de águas caudalosas já não recebe mais a navegação e o futuro pode ser ainda mais trágico com consequências ao regime de cheias do Pantanal, que pode afetar a reprodução de peixes e toda a cadeia alimentar da fauna pantaneira.

A situação preocupa, principalmente, por estarmos a um mês do início da Piracema, período de reprodução dos peixes. “Não vai ter cheia, não vai se formar baías e lagoas, que são necessárias para a reprodução de peixes”, explica o biólogo José Milton Longo.

No boletim diário divulgado nesta quarta-feira, a régua em Ladário mostra que o nível do rio está em -35 cm. Relatório do CRPM (Serviço Geológico do Brasil) indica que o cenário deve se agravar e a tendência é de que alcance o nível mais baixo de toda a história (verificada em 1910) e chegar a -48 cm nos próximos 28 dias. “O rio continuará a apresentar a tendência ao declínio do seu nível principalmente a partir da estação de Ladário”, informa o boletim.