A reforma do Teatro José Otávio Guizzo, no Paço Municipal, que está há quase 30 anos fechado para as atividades culturais, não vai ter nada novo além daquilo que já havia sido anunciado no começo de 2020, antes do rompimento do contrato, em 2021.

Segundo a Prefeitura, a reforma vai contemplar revisão e substituição de instalações elétricas, hidráulicas, adequação das escadas e rampas para garantir acessibilidade, assim como novo sistema de refrigeração e instalação de forro.

O auditório, com capacidade para 190 lugares, receberá novas poltronas e haverá substituição do carpete. O anexo será reformado e adequado para se tornar um espaço de múltiplo uso, podendo receber exposições de fotografia, artes plásticas, sediar lançamentos literários.

O espaço já passou por reforma algumas vezes para ações pontuais do município, mas permaneceu inoperante para sua função de origem — um espaço cultural. Por algum tempo, também foi improvisado como central de atendimento dos contribuintes do IPTU, utilizado para seleção de novos concursados e atualmente serve como arquivo e guarda temporária de equipamentos e documentos.

Contrato e relicitação

Em junho de 2020, o município chegou a lançar licitação no valor de R$ 701 mil para a reforma do espaço, que passaria por reforma na parte hidráulica, pintura, troca de pisos, iluminação e adequação dos banheiros.

Em 2018, o projeto de reforma, cuja autoria era do então deputado federal (DEM), que apresentou emenda naquela ocasião, foi anunciado pelo Executivo municipal. A mesma emenda é a fonte dos recursos desta vez. A prefeitura chegou a firmar contrato com a MDP Construção Civil, mas rescindiu em maio de 2021, pois os preços haviam ficado inviáveis. 

Sobre o espaço

Projeto do arquiteto Cyríaco Maymone Filho, construído em 1971, na gestão do então prefeito Antônio Mendes Canale, o local foi palco de grandes espetáculos. Embora tenha sido criado como anfiteatro, a partir de agosto de 1990, com sua reinauguração, o local recebeu o nome de Teatro José Octávio Guizzo.