Nesta segunda-feira (14), a Prefeitura de Campo Grande publicou decreto com medidas restritivas da bandeira vermelha do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia). No entanto, a Capital foi classificada pelo Programa como cinza e extremo risco de Covid-19. Assim, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, lamentou o descumprimento do decreto estadual.

Novo decreto municipal publicado na tarde desta segunda-feira (14) determina que Campo Grande retorne à faixa da bandeira vermelha do Prosseguir. O relaxamento das restrições consta em edição extra do (Diário Oficial de Campo Grande) e considera indicadores da Capital, tais como número de UTI e avanço da vacinação. O objetivo é permitir que o comércio volte a funcionar de portas abertas na Capital, dando fim às restrições.

Desde domingo (13), a normativa estadual colocou Campo Grande e mais 42 cidades na bandeira cinza, com risco extremo de transmissão do novo coronavírus. Todas as quatro macrorregiões de saúde do Estado estão com ocupação total de leitos que ultrapassa os 100%. Porém, a estratégia municipal faz com que a Capital retorne ao patamar em que estava até sábado, último dia em que a bandeira vermelha vigorou na Capital.

Assim, o secretário de Saúde do Estado publicou nota pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirmando que o prefeito e secretários assinaram as medidas impostas, antes de serem publicadas. “Fico perguntando o que levou o prefeito a romper um compromisso que tinha a sua própria assinatura e o aval de dois de seus secretários e o procurador do Município”, questionou Geraldo.

Por fim, o secretário destacou que o Ministério Público Estadual está atento aos atos da Capital e deverá tomar as providências cabíveis'. “O que eu mais espero, porém, é que essa medida não resulte em mais mortes por Covid em nossa capital”, disse o secretário.