Um servente, de 24 anos, procurou a polícia na tarde desta quarta-feira (13) para denunciar difamação sofrida em um banco na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. De chinelos, roupas e com material de trabalho, ele diz que também teria sofrido discriminação durante o atendimento.

Conforme o boletim de ocorrência, o trabalhador foi até a agência do , esquina com a 13 de Maio, por volta das 12h40. Pegou a sua senha e aguardava para abrir uma conta.

Ele relatou que enquanto aguardava, via que muitos clientes que chegavam depois dele eram atendidas primeiro e a senha que estava em mãos não era chamada. Por isso, ele foi questionar o gerente e ele teria rido da situação, afirmando que “não poderia fazer nada”.

O pintor tentou pegar uma nova senha, mas os colaboradores do banco negaram entregar. Em seguida, ele foi até o guarda-volumes e pegou sua mochila de trabalho e disse que aguardaria para conversar com o gerente.

Ele seguiu até o andar superior para procurar o gerente e foi impedido por seguranças, que acionaram a polícia militar afirmando que o rapaz estava dentro do banco ameaçando as pessoas com uma faca. O boletim de ocorrência foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Centro como difamação.

O rapaz procurou o Jornal Midiamax e disse que, além da difamação, pois não estava com nenhuma faca ameaçando os demais clientes, acredita ter sofrido discriminação. “Por eu estar de chinelos, roupa e ferramenta de serviço não queriam mais me atender. Me trataram como um mendigo”, disse a vítima.

Outro lado

À reportagem, a superintendência do Banco do Brasil em Campo Grande informou que todo o desentendimento com o cliente foi causado após ele se exaltar. Segundo o banco, em razão de volta de feriado, a espera para atendimentos foi mais longa do que o habitual. O cliente, segundo o banco, se exaltou e xingou o gerente, posteriormente, foi até o guarda-volumes buscar suas ferramentas de trabalho e tentou voltar até o gerente. Foi nesse momento que o banco acionou a Polícia Militar.

A superintendência afirma, ainda, que irá procurar a Polícia Civil nesta quinta-feira (14) para apresentar suas versões do fato e também entregar à polícia imagens do circuito interno que gravou a discussãi. O banco também nega que o cliente tenha sido discriminado. *Matéria atualizada às 9h do dia 14/10 para inclusão de posicionamento do Banco do Brasil.