Uma mãe procurou a delegacia e registrou ocorrência depois que seu filho de dois anos sofreu uma fratura no fêmur enquanto estava na Emei (Escola Municipal de Educação Infantil), em Campo Grande. Em nota, a (Secretaria Municipal de Educação) explicou que não houve descaso e que o bebê caiu depois de escorregar. 

Ao procurar a reportagem, a mãe do menino suspeitava de descuido das funcionárias da escola. “Eu acho que ele pode ter caído de cima de algum lugar, sido empurrado ou piso molhado. Está muito difícil, tenho três filhos pequenos, ele está tendo que usar fralda novamente, está engessado da cintura pra baixo, imobilizou as duas pernas. Cochila um pouco e acorda chorando e gritando, irritado de ficar deitado e com o calor. O médico disse que foi uma quebradura muito grave, poderia ter pegado veia arterial”, diz. 

Contudo, a Secretaria de Educação explica que não houve descaso da equipe na unidade escolar. “A criança estava em sala de aula — com apenas outros quatro alunos —, cumprindo as medidas de distanciamento social e se preparava para a saída quando levantou da carteira e escorregou sozinho. O menino não chegou a cair, porém com o escorregão uma perna foi para frente e a outra para trás (a perna esquerda)”, informou. 

A Semed reforça que o aluno foi prontamente socorrido e a direção da escola imediatamente entrou em contato com a mãe da criança. Quando a mãe chegou à Emei, a direção percebeu que a coxa da criança estava inchada e ele não conseguia colocar o pé no chão. 

“A direção levou a mãe e a criança imediatamente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, além de atender os outros dois filhos. Após exame de raio-x e avaliação médica no local, o garoto foi transferido para a Santa Casa”.

Segundo a secretaria, o bebê não precisou passar por cirurgia, porém foi necessária uma manobra realizada no centro cirúrgico. Além disso, a perna esquerda foi totalmente imobilizada da cintura para baixo e parte da perna direita, para evitar que a criança se mexa e garantir a recuperação total. 

“A Semed e a direção da escola prestaram todo o atendimento necessário à criança e à família desde o ocorrido, inclusive fornecendo itens de higiene, alimentação, recursos para transporte, além de acompanhamento social e psicológico. A Semed lamenta profundamente o ocorrido, mas reforça que agiu de imediato para garantir que a criança tenha toda a assistência necessária, inclusive durante sua recuperação”, disse em nota.