Sem vagas: MS tem taxa de ocupação de 103% de leitos de UTI para Covid-19

A taxa de ocupação para leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e covid está em 103% na manhã desta quinta-feira (18) em Mato Grosso do Sul. Isso significa que são 489 pacientes graves para 475 vagas. O número representa grande preocupação, pois na última semana foram abertos […]

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A taxa de ocupação para leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e covid está em 103% na manhã desta quinta-feira (18) em Mato Grosso do Sul. Isso significa que são 489 pacientes graves para 475 vagas.

O número representa grande preocupação, pois na última semana foram abertos leitos UTI e de retaguarda em Campo Grande, além do recorde de mortes, que acabam liberando vagas de leitos.

O crescimento de internações nos últimos dias se dá de forma muito rápida. Em uma semana, o número de pacientes hospitalizados subiu de 754 para 921, uma alta  de 167 pessoas. Só em UTIs esse crescimento foi de 335 para 402 no mesmo período, ou seja, em 7 dias, são 67 pessoas a mais ocupando leitos críticos em MS.

Em Campo Grande a situação é crítica. A taxa de ocupação está em 105% e há 21 intubados de forma improvisada na ala vermelha do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e outros 7 em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).

Três Lagoas também enfrenta situação delicada, com ocupação em 120% para leitos UTI covid. Corumbá também não tem mais leitos críticos disponíveis.

Dourados, por outro lado, ainda registra vagas para UTI covid. São 63 leitos e a taxa de ocupação está em 82,54%.

Alerta da Fiocruz

Documento assinado por pesquisadores da Fiocruz mostra que a situação é delicada em todo o país. Então, os cientistas sugerem adoção de medidas mais rigorosas como o lockdown.

“Não temos outro remédio para adotar nesse momento a não ser medidas de bloqueio e supressão onde a taxa está acima dos 80%. Araraquara é um exemplo, mas esperou chegar aos 100%, com fila de espera, o que pode resultar em um maior número de pessoas mortas. Campanhas precisam preparar a população que isso vai ser necessário de tempos em tempos”, diz Carlos Machado, da Fiocruz.

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