Mato Grosso do Sul chegou ao pico da de coronavírus nesta terça-feira (17) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) já fala em colapso total na saúde. Em apenas 24h, foram 42 registradas e o número de internações chegou a 921 pacientes em leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O secretário Geraldo Resende ainda ressaltou que as vagas que surgem em leitos de UTI são em decorrência da morte dos pacientes que estavam internados. 

Resende ressaltou que a situação da pandemia não depende da quantidade de leitos abertos. Assim que os leitos são habilitados, são ocupados logo em seguida. A desocupação dos leitos só tem acontecido quando o paciente morre. 

“Os leitos que estão vagando, infelizmente, temos que ser muitos claros: são os leitos dos óbitos. Quando morrem 42 sul-mato-grossenses, vagam 42 leitos em UTIs. Vivemos essa realidade”, disse o titular da SES.

O secretário explica que assim que o paciente morre e o leito é desocupado, é realizado um processo de desinfecção. Logo em seguida, o leito é ocupado por pacientes que já estavam intubados, seja de maneira improvisada na ala vermelha ou nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento). “Estamos prestes ao colapso. É a pior tragédia sanitária e hospitalar da história do Brasil”, declarou Geraldo Resende.

O secretário de saúde ainda comentou sobre as pessoas que teimam em contestar o decreto estadual, com medidas restritivas e toque de recolher às 20h. Ele disse que manifestações de empresários acontecem em MS assim como já ocorreu no Amazonas, que também passava por um colapso na saúde. “Essas pessoas que fizeram manifestação estão sendo os mensageiros da morte”, disse.

Mato Grosso do Sul atingiu mais um triste recorde durante a pandemia de coronavírus. O Estado chega ao pico de mortes, com 42 óbitos registrados em apenas 24 horas, conforme desta quarta-feira (17). Além disso, MS registrou o recorde de internações por coronavírus, com 921 pacientes ocupando leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).