Recorde: Com 39 mortes em 24h, MS atinge pico de óbitos na pandemia do coronavírus

MS registrou mais 39 mortes e chega ao pico de óbitos por coronavírus. O Estado tem batido recordes seguidos de interações por Covid-19.

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Mato Grosso do Sul registrou mais 39 mortes em 24 horas e chega ao pico de óbitos por coronavírus desde o início da pandemia. Além disso, o Estado tem batido recordes seguidos de interações por Covid-19 e nesta terça-feira (16) o Estado atinge o pico no número de pacientes ocupando leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), são quase 900 pacientes internados.

O último recorde de mortes havia sido registrado no dia 5 de janeiro, com 33 mortos por Covid-19 em 24 horas. Os outros dias com mais óbitos em MS foram: 22 de dezembro, com 31 mortes; 24 de dezembro, com 30 mortes; 30 de dezembro, com 30 mortes; 12 de novembro, com 29 mortes.

O secretário da SES (Secretaria de Estado de Saúde) Geraldo Resende ainda adiantou ao Jornal Midiamax que o recorde de internações foi batido mais uma vez. Ao todo, são 893 pacientes internados no estado: 489 em leitos clínicos e 404 em leitos de UTI. O número representa um acréscimo de 61 internados em apenas 24 horas.

A taxa de ocupação de leitos de UTI públicos global nas 4 macrorregiões de MS é de: 96% em Campo Grande, 92% em Dourados, 100% em Três Lagoas e 105% em Corumbá. 

Confira como o estado foi batendo recorde atrás de recorde nos últimos dias de pandemia: no dia 5 de março, MS chegou ao pico com 712 internados; o recorde foi superado no dia 8 de março, com 724 internados; em seguida, o recorde foi batido novamente em 9 de março, 725 internados; no dia 10 de março, foram 754 internados; no dia 11 de março, MS registrou 780 internados; 12 de março, foram 821 internados; 14 de março, com 827 internados; 15 de março, com 832 internados; e 16 de março, com 893 internações.

Boletim epidemiológico

Mato Grosso do Sul já soma 196.094 casos confirmados de Covid-19, com 1.212 novos registros nesta terça-feira (16). Conforme o boletim epidemiológico do novo coronavírus apresentado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), o total de vítimas fatais em MS chega a 3.667 mortes desde o início da pandemia. 

Os novos óbitos foram registrados em Campo Grande (19 mortes), Miranda (1), Naviraí (4), Dourados (4), Costa Rica (1), Nova Andradina (1), Paranaíba (1), Aquidauana (1), Bela Vista (1), Caracol (1), Anastácio (1), Três Lagoas (1), Brasilândia (1), Angélica (1) e Pedro Gomes (1).

A SES também destacou que MS já contabiliza um total de 628.275 casos notificados, dos quais 424.032 foram descartados. Há 1.399 testes em análise no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) e 6.750 casos sem encerramento pelos municípios.

Os novos casos trazem Campo Grande à frente, com 433 novos casos, seguida por Três Lagoas (88), Naviraí (63), Sidrolândia (60), Dourados (45), entre outros. 

Crescimento desenfreado de casos e mortes

Desde a última semana de fevereiro, os casos de coronavírus têm avançado em Mato Grosso do Sul e em Campo Grande. A média móvel de casos, de mortes e de internações cresce a cada dia e a Capital vive um colapso na saúde iminente. Um estudo feito por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) mostra que a Capital vive um crescimento exponencial e, na prática, a pandemia não teria hora para acabar.

O professor Erlandson Saraiva ressalta que a característica do modelo exponencial é de um crescimento indefinido, sem pico. A expectativa é que com o decreto, os casos comecem a diminuir e a pandemia mude para o modelo Gompertz, que apresenta pico.

“No momento, não tem nenhum indicativo da mudança desse modelo, ou seja, neste momento estamos com um crescimento exponencial mesmo, é pior tipo de crescimento que podemos ter”, frisa o pesquisador.

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