A 9ª Promotoria de Justiça de investiga a conduta de um servidor público da Saúde que teria fingido aplicar dose de vacina contra a Covid-19 em idoso na cidade de Três Lagoas, a 330 km de Campo Grande. Um vídeo teria sido publicado nas e mostrava o momento da falsa aplicação.

Em nota assinada pelo promotor Luciano Anechini Lara Leite, relata que o caso chegou ao conhecimento da Justiça recentemente e que um inquérito será instaurado para apurar suposta tentativa de .

“ [A promotoria] vem a público informar que requisitou a instauração de inquérito policial para apurar potencial tentativa de homicídio com dolo eventual, qualificado pelo perigo comum, e agravado porquanto praticado em período de pandemia declarada”, diz nota.

O promotor pontua na nota que o servidor usa de sua função para deixar de imunizar uma pessoa em faixa de risco, em atendimento prioritário, assumindo o risco do paciente contrair o vírus com iminente risco de vida.

Será apurado se a não aplicação da dose no paciente prioritário seria para beneficiar terceiros fora do . A nota afirma que a Secretaria de Saúde de Três Lagoas confirmou a irregularidade.

“A ocorrência ainda pode sinalizar lacuna no procedimento, dando margem a que inescrupulosos se aproveitem da situação e da limitação de insumos para o próprio benefício financeiro, em detrimento da segurança e da saúde da população”, diz nota.

As Promotorias de Justiça com atuação na Saúde e na Força-Tarefa da Covid em Três Lagoas também foram convocadas para adotar as medidas que entendessem cabíveis, e o COREN informou que irá reforçar os procedimentos devidos no manuseio e trato de produto biológico sensível, como a vacina para a Covid-19, e providências quanto à auditoria das doses aplicadas e insumos disponíveis.

“Informamos ainda que a população de Três Lagoas e região pode ficar tranquila, já que todas as providências serão tomadas para evitar que pessoas inidôneas, aproveitando-se da situação grave em que nos encontramos, prejudiquem a população já tão sacrificada com a pandemia, nem coloquem em risco a saúde pública, abusando de eventuais pontos críticos no sistema de vacinação, em proveito próprio ou de terceiros”, finaliza nota da promotoria.