Fronteira em Corumbá está fechada pelo 4º dia por disputas políticas na Bolívia

Brasileiros e bolivianos só podem atravessar fronteira de a pé

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Manifestantes fecharam a fronteira na segunda-feira
Manifestantes fecharam a fronteira na segunda-feira

Sem nenhum diálogo ainda por parte do governo, bolivianos entraram no quarto dia de manifestações nesta quinta-feira (11). A população quer que Luis Arce, presidente do país vizinho, revogue pacote de leis, que consideram ilegal.

Com isso, a fronteira entre as cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez com Corumbá, continua fechada. Apenas é permitido que as pessoas cruzem a ponte a pé. Entulhos, galhos de árvores e caminhões permanecem cruzados nas ruas, para impedir o tráfego de carros desde segunda-feira (8).

De acordo com o Diário Corumbaense, só na região na fronteira com Corumbá, são registrados três pontos de bloqueios, um na ponte que delimita o território entre Bolívia e Brasil, um em Puerto Suárez e logo mais à frente, na estrada Bioceânica, que interliga as duas nações via terrestre.

A polícia boliviana, em Puerto Quijarro, faz o monitoramento das manifestações para evitar confrontos. Além disso, um contingente de 30 agentes foi deslocado da cidade de Santa Cruz de la Sierra para dar apoio na fronteira.

Antonio Chávez Mercado, presidente do Comité Cívico Arroyo Concepción, disse que a mobilização continua até que o governo atenda à reivindicação. “Não tivemos nenhum sinal por parte do governo. Queremos a revogação da lei, enquanto isso, seguimos unidos com o ‘paro’ em toda a Bolívia e a fronteira permanecerá fechada por tempo indeterminado”, pontuou ele ao jornal local. 

As mobilizações de repúdio à Lei 1.386 e demais regulamentações promovidas pelo governo boliviano seguem em todo o país. A população considera os regulamentos uma violação dos direitos dos cidadãos, pois a lei permite que o governo fiscalize o patrimônio de qualquer cidadão sem necessidade de ordem judicial.

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