O Observatório do emitiu, nesta segunda-feira (12), um alerta para evitar uma nova tragédia no Pantanal este ano. Organizações pedem atenção ao risco de queimadas e início de mais medidas de manutenção em brigadas de combate ao fogo, compra de equipamentos adequados para trabalhos e mais punição de responsáveis.

 

“Entre outras tantas recomendações, levadas ao por institutos de pesquisa, governos, universidades e organizações da sociedade civil, às quais o Observatorio Pantanal ratifica, figuram ainda a suspensão de licenças para implantação de novas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na Região Hidrográfica do Paraguai; a aquisição de equipamentos e aeronaves; treinamento de efetivo das Forças Armadas em técnicas de controle de incêndios florestais; a destinação de recursos orçamentários para a realização de pesquisas, pelas instituições oficiais, sobre prevenção de fogo, recuperação ambiental, recursos hídricos, serviços ecossistêmicos e temas afins no bioma Pantanal”, comunica.

O documento foi enviado presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, ao diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza e autoridades regionais, dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, relacionadas à área de combate ao fogo.

 “Não há, até o momento, uma ação coordenada que reúna iniciativas necessárias por parte dos órgãos responsáveis. Falta um planejamento integrado de ações de prevenção, sensibilização e preparação frente à temporada de fogo que se aproxima. Transparência e participação social são fundamentais para que a sociedade civil possa contribuir de forma efetiva para a conservação do bioma. Por isso, vimos a público reafirmar a gravidade da situação que se aproxima e reivindicar do poder público que tome as providências necessárias para que se preserve a vida, a natureza e as pessoas do Pantanal”, disse Cássio Bernardino, analista de conservação do WWF-Brasil.

Em 2020, o bioma pantaneiro registrou um dos piores incêndios dos últimos 50 anos, perdendo mais de 1,2 milhões de hectares de reservas florestais. Foram mais de 22 mil focos de calor, cuja maioria, segundo depoimentos colhidos no Senado, por incêndios criminosos.