Nando Reis marca retomada de grandes eventos abertos na Capital e população comemora
Nando Reis reuniu bom público na Praça do Rádio, em primeira grande apresentação gratuita desde o início da pandemia de Covid-19
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A Praça do Rádio Clube, no Centro de Campo Grande, ficou lotada na noite deste sábado (30) para a apresentação do cantor e compositor Nando Reis. O ex-Titãs, dono de uma carreira badalada na música brasileira, foi o nome escolhido pelo Sesc-MS para fechar as celebrações do Mês do Comerciário. Mas, mais do que isso, deflagrou a retomada dos grandes eventos públicos na Capital após o controle da pandemia de coronavírus.
Desde março de 2020, com o surgimento dos primeiros casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o setor cultural se tornou um dos mais fragilizados com as medidas de controle da pandemia. A proibição de aglomerações inviabilizou não apenas grandes shows, mas pôs em xeque até pequenas apresentações teatrais ou culturais.
Os agentes culturais se viram obrigados a procurar alternativas em lives ou pleitear auxílios para superarem esse mais de um ano de paralisação. É bem verdade que, desde agosto, gradualmente Campo Grande foi retomando ações que permitiam um maior ajuntamento de pessoas –claro, desde que respeitados os protocolos de biossegurança.
A própria cultura já vinha sendo palco de ações, como o Reviva Cultura, na Rua 14 de Julho e o Sábado do Agito, nos bairros. O próprio Sesc-MS veio, ao longo do mês, realizando eventos semanais na Praça Ary Coelho em comemoração ao Mês do Comerciário.
A “cereja do bolo” acabou sendo a atração nacional com Nando Reis, que cobriu também a lacuna de mostrar uma cidade que dá seus primeiros passos para romper a bolha imposta pelo coronavírus. E que veio quando mais de 70% da população tomou ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
Para ser mais preciso, conforme dados do Vacinômetro da Prefeitura de Campo Grande, 653.401 pessoas receberam ao menos uma dose de vacinas contra a Covid (72,11% da população). Dentro deste número, são 587.8115 com duas doses ou a dose única da Janssen (64,87%) e 100.790 entre idosos e outros públicos específicos a receberem o reforço vacinal da 23ª dose.
Nas redes sociais, eram várias as postagens de fotos do evento –com o público, até onde se aguentou, nas cadeiras para assistir à apresentação– e comentários elogiando a programação. Nando Reis fez uma apresentação enérgica, com grandes sucessos e pinceladas políticas que também ganharam as postagens no Facebook, Instagram e afins.
“Baita show!!!”, repetiu uma internauta. “Parabéns, lindo espetáculo”, destacou outra pessoa que acompanhou o vento. “Top, a população agradece”, repetiu mais um.
“Excelente. Por mais bons shows gratuitos em CG!!!”. Estes e outros comentários se replicaram em postagens próprias ou naquelas alusivas ao evento. Obviamente, porém, houve quem atentasse para questões sanitárias, como exigência para uso de máscara a fim de afastar o risco da pandemia.
No fim, Campo Grande teve uma noite para esboçar um recomeço após a pandemia em uma realidade na qual ainda se exige o uso de máscaras e do álcool em gel para evitar a contaminação, junto aos importantes apelos para que a população se vacine. É disso que a “volta ao normal” depende.
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