Moradores que estariam alcoolizados amarraram um tamanduá-bandeira na manhã desta segunda-feira (30) no bairro José Abrão, em . O animal estava a poucos metros de uma mata e não haveria necessidade de captura. De acordo com a PMA ( Ambiental), a atitude dos moradores pode ser caracterizada como crime. 

A equipe de policiais estava na região de Rochedo, atuando em denúncias de predatória, quando foi acionada para a captura do animal. “Quando capturaram o animal, a equipe encontrou algumas pessoas, algumas exalando teor alcóolico que tinham amarrado o animal. De onde o bicho estava, com pouco mais tempo, chegaria em seu habitat, uma área de vegetação no próprio bairro, a cerca de uma quadra”, ressaltou a PMA.

A equipe fez a captura com ajuda de uma jaula de contenção e o tamanduá foi levado para o ( de Reabilitação de Animais Silvestres). A PMA frisa que a captura de animais silvestres sem a autorização do órgão ambiental só pode ser realizada em caso de risco iminente ao animal ou à população. Como, no caso, o tamanduá não oferecia risco, a atitude pode ser caracterizada como crime previsto na Lei Federal. 

A Polícia Ambiental explica que como tem diversas áreas verdes, é comum que animais silvestres acabem entrando nas áreas residenciais. Porém, não é preciso fazer a captura. “Muitas vezes a situação, mesmo em perímetro urbano, não é caso de captura, que até estressaria mais o animal, além de colocá-lo em risco de e estresse excessivo, que dependendo dos casos, podem até levar o animal à morte. Por exemplo, o animal adentra a rua, mas está próximo ao seu habitat. Caso não haja perturbação, o bicho retorna ao seu local de sobrevivência”.

A orientação aos moradores que se depararem com um animal silvestre é não se aproximem e nem deixem crianças se aproximarem. O cuidado é necessário especialmente dos animais que ofereçam riscos, como os grandes mamíferos e animais peçonhentos, pois, ao sentirem-se acuados podem atacar, no intuito de defesa.

“No caso de hoje, os policiais que foram ao local perceberam que não era caso de captura. Se não tivessem acuado o animal, ele teria continuado o seu curso normal e alcançado o seu habitat natural”.