Mesmo após restrições e novos leitos, ocupação de UTI covid sobe para 103% em MS

Apesar de medidas para desafogar sistema de saúde, hospitais continuam superlotados

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Mesmo após 10 dias de restrições ao comércio e serviços e ampliação do toque de recolher, Mato Grosso do Sul está com taxa de ocupação de leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) maior. O número subiu dos 100% no início do decreto para 103% na manhã desta segunda-feira (05).

Conforme o painel Mais Saúde, da SES (Secretaria Estadual de Saúde), no dia 26 de março, 1º dia de restrições a atividades consideradas não essenciais, MS tinha disponível 533 leitos críticos para pacientes com covid. Até então, todos estavam ocupados.

Dez dias depois, nesta segunda-feira, os dados repassados pelos próprios hospitais indicam que há superlotação de 103,49%. Isso significa que, dos 573 leitos da rede hospitalar do Estado, há 593 pacientes. Ou seja: o sistema de saúde está atendendo além da capacidade. 

Isso sem contar a fila de pacientes à espera de uma vaga, que até o final da semana passada estava em média de 180 por dia, tanto para leitos clínicos quanto para UTIs.

Em Campo Grande, o cenário é quase o mesmo. Apesar de estar com restrições desde o dia 22 de março e número maior de leitos críticos, a taxa de ocupação permaneceu praticamente estável. No início das restrições, a ocupação em leitos UTI exclusivos para covid estava em 105,5% para as 235 vagas disponíveis. Na manhã desta segunda-feira (05), apesar dos 331 leitos, a taxa estava em 104,53%.

O mesmo acontece em Dourados, que viu o índice de ocupação de leitos UTI com pacientes covid subir de 89% para 93% no período de vigência do decreto estadual. No mesmo intervalo de tempo, a rede hospitalar incorporou 5 novas vagas.

Três Lagoas também ganhou 5 novos leitos UTI para covid durante os dez dias, mas continuou com 100% das vagas ocupadas. Em Corumbá, a situação também é de superlotação. No período, houve diferença apenas nas vagas UTI para os demais casos, que caíram de 100% para 77%.

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